[pt] COMPLEMENTOS E ADJUNTOS DO VERBO: TENTATIVA DE ORGANIZAÇÃO DO CAOS
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17547&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17547&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.17547 |
Resumo: | [pt] Neste trabalho, foi realizada uma revisão crítica do tema na gramática de modelo tradicional, especificamente nas gramáticas de Cunha e Cintra (2001) e de Rocha Lima (2007). Através dessas análises, buscamos comprovar que o modo como o conceito de complementação verbal, bem como as noções de termo complementar e acessório e de transitividade, vêm sendo apresentados tradicionalmente em gramáticas e livros didáticos tem demonstrado algumas lacunas e incoerências que vem causando dificuldades ao ensino/aprendizagem da língua materna. Costuma-se relacionar a transitividade verbal à ideia de completude ou não da informação transmitida pelo verbo, sem levar em consideração a circunstância e o sentido nos quais o verbo está sendo empregado, tampouco a natureza do(s) elemento(s) a ele ligado(s). Observa-se, portanto, que aquilo que se apresenta aos estudantes como a gramática da língua portuguesa é um conjunto de regras que nem sempre leva em consideração a realidade dos fatos linguísticos. Com o propósito de encontrar um caminho de análise que ajudasse a solucionar o problema, foram examinados alguns trabalhos mais recentes que fogem em parte ou totalmente à orientação tradicional, como a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara (edição a partir de 1999), a Gramática de usos do português de Moura Neves (2000), a dissertação de Mestrado de Maria Eliana Duarte Alves de Brito (1986) e a Gramática de Valências de Busse e Vilela (1986). Partindo de uma orientação funcionalista e tomando como base os princípios da Gramática de Valências, este trabalho tem por objetivo demonstrar que, no estudo das orações, é preciso que se levem em consideração dois pólos de análise: a sintaxe e a semântica. Sendo o verbo o elemento central da oração, é ele que determina o número de lugares-vazios, além das propriedades morfo-sintáticas e semânticas dos actantes que realizam esses lugares-vazios. Desse modo, a distinção entre objeto direto e objeto indireto da gramática tradicional mostra-se insuficiente, sendo necessário distinguir um número maior de tipos de actantes. Além disso, foi possível detectar, através da análise do verbo como elemento central, quais termos devem ser considerados como actantes (complementos) ou como circunstantes (adjuntos). |