[pt] ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA BIOFLOTAÇÃO DO SISTEMA APATITA QUARTZO USANDO A BACTÉRIA RHODOCOCCUS OPACUS COMO BIORREAGENTE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: ANTONIO GUTIERREZ MERMA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21285&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21285&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21285
Resumo: [pt] Diversos microrganismos como bactérias, fungos e/ou seus produtos metabólicos tem sido usados como biorreagentes no bioprocessamento mineral. Um microrganismo hidrofóbico pode mudar as características hidrofílicas de uma superfície mineral se ele aderir na superfície do mineral. Esse é o caso da bactéria Rhodococcus opacus, com características hidrofóbicas identificadas em pesquisas anteriores. Neste trabalho é estudado o comportamento eletroforético e microflotação do sistema mineral quartzo – apatita (apatita A e apatita B) após interação com células da bactéria. Os resultados mostraram uma mudança no perfil de potencial zeta das amostras minerais após interação com a bactéria, essa mudança foi mais significativa nas apatitas que no quartzo. Os resultados também mostraram que a adesão das células bacterianas na superfície mineral pode ser através de interações especificas além de interações eletrostáticas. Foi observado que a bactéria em suspensão consegue reduzir a tensão superficial da interface ar/água de 70 mN/m até valores próximos de 54 mN/m, 55 mN/m e 56 mN/m para valores de pH de 3, 5, e 7, respectivamente, faixa de pH na qual foi observada a maior produção de espuma. O valor máximo de flotabilidade para todas as amostras minerais foi obtido num valor de pH ao redor de 5; sendo que para a apatita B alcançou em torno de 90 por cento de flotabilidade usando 0,15 g.L-1 de bactéria e com 5 minutos de flotação, enquanto a apatita A precisou de 0,20 g.L-1 de bactéria para alcançar a mesma recuperação, finalmente no caso do quartzo o valor foi próximo de 13 por cento com 0,15 g.L-1 de bactéria e sob as mesmas condições de trabalho. A adaptação da bactéria a substrato mineral revelou uma mudança no comportamento da bactéria durante o processo de flotação e foi observada uma maior flotabilidade da apatita num valor de pH em torno de 3 após adaptação ao mineral apatita. Já no caso do quartzo observou-se um leve incremento na flotabilidade em todos os valores de pH. A bioflotação de apatita e quartzo segue modelos cinéticos de primeira ordem. Observou-se que as constantes de taxa (K1) da flotação de apatita A diminuem com reduções de tamanho de partícula, mudando de 0,429 (min-1) para 0,198 (min-1) quando o tamanho passou de (106 – 150) um para (38 – 75) um, no caso da apatita B essa redução foi de 0,518 (min-1) para 0,295 (min-1), o contrário foi observado no caso do quartzo incrementando de 0,016 min-1 para 0,11 min-1. Os estudos fundamentais de mobilidade eletroforética e flotabilidade apoiados pela microscopia eletrônica de varredura evidenciaram a seletividade na separação de apatita e quartzo e deste modo ratificaram o potencial uso da bactéria Rhodococcus opacus como biorreagente no processamento mineral.