[en] INCLUSIVE PERSPECTIVES AND EXCLUDING PRACTICES IN THE CONTEXT OF ACCESS AND PERMANENCE OF QUOTA STUDENTS: A STUDY AT IFRJ - REALENGO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SANDRA CRISTINA ALVES DE M MACHADO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50974&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50974&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50974
Resumo: [pt] Este estudo teve como objetivo analisar as percepções dos servidores do IFRJ campus Realengo sobre o acesso através de reserva de vagas e o Programa de Assistência Estudantil. Buscou-se caracterizar o perfil dos educadores, identificar suas percepções sobre ações afirmativas e permanência, pesquisar suas normatizações no IFRJ e mapear as estratégias institucionais nesta área. Refere-se a uma pesquisa que aprofunda a dissertação do mestrado que abordou as percepções sobre o acesso ao ensino superior sob a ótica dos estudantes. A partir dos anos 2000 o acesso ao ensino superior passou a ser alvo de políticas públicas que tencionava democratizá-lo. Nos governos do PT, esse processo foi levado à cabo através da expansão da rede federal e tecnológica, do REUNI, do SISU do PROUNI e do PNAES. Foram implementadas legislações que asseguravam a reserva de 50 por cento vagas nas universidades e IF para estudantes egressos de escolas públicas e com renda familiar per capita de até 1,5 salários mínimos, devendo-se ainda assegurar o preenchimento de autodeclarados pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência proporcional à representatividade na unidade da federação. Considera-se que a implantação deste arcabouço de legislações, chamadas de perspectivas inclusivas ampliou o acesso ao ensino superior de determinados segmentos sociais. Porém, a pesquisa apontou que algumas práticas, aqui denominadas de práticas excludentes podem inviabilizar a inclusão desses estudantes. Foi realizado um estudo sobre percepções, de abordagem quantitativa e qualitativa utilizando como instrumento de coleta de informação um questionário com perguntas abertas e fechadas, aplicado por e-mail entre os dias 30/09 e 30/10 de 2019. Foram respondidos 26 questionários dentre os quais 19 eram de docentes e 7 de técnicos. No perfil foi possível constatar que a maioria se encontra na faixa etária entre 36 e 40 anos e maior que 50 anos, são do sexo feminino, se consideram brancos e trabalham há mais de 7 anos no IFRJ. Quanto às percepções sobre os eixos centrais do estudo a pesquisa mostrou que a Reserva de vagas é considerada um meio de justiça e reparação, porém, destacou-se que essa estratégia não é suficiente para manter os estudantes no IFRJ. Quanto ao Programa de Assistência Estudantil observou-se ser de extrema relevância para os estudantes mas tem se mostrado insuficiente e de pouca amplitude institucional. Sobre a necessidade de alterar as formas de trabalho após o ingresso de alunos cotistas a maioria relatou que foi necessário fazer algum tipo de alteração metodológica e avaliativa ressaltando o aspecto do déficit prévio de conteúdos básicos, questão que foi destacada como a maior dificuldade apresentada por esses estudantes. O principal ponto positivo relacionado aos cotistas são de que a presença deles no IFRJ promove maior diversidade e o ponto negativo é que apresentam dificuldades de aprendizagem e permanência material. A partir da articulação com os dados institucionais e a revisão bibliográfica, ancorada nas ideias de afiliação de Couloun e da escola como aparelho reprodutor das desigualdades, enfatizada por Bourdieu, concluiu-se que apesar das perspectivas inclusivas nortearem as ações institucionais elas não se revelam como suficientes para alterar as práticas cotidianas que apesar de modificadas, ainda assim não são plenamente inclusivas.