[es] LEER Y ESCRIBIR EN LO OSCURO: LECTORES Y AUTORES CIEGOS Y SUS ESTRATEGIAS PARA MANTENER LA RELACIÓN CON EL TEXTO
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55498&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55498&idi=4 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55498 |
Resumo: | [pt] Alguns grandes autores e leitores fervorosos deixaram de enxergar no auge de suas atividades. Criados, a partir dos preceitos do Renascimento, para terem os olhos como guias físicos e intelectuais, estes homens tiveram que aprender a incidir uma nova luz sobre o texto. Sem a ajuda da visão, precisaram abrir mão de uma série de conquistas adquiridas nos últimos anos da história da leitura e da escrita: a relação direta com o objeto-livro ou com o caderno de notas, o silêncio, as interferências no corpo do texto e a consolidação do ato de criação e leitura como privado e individual. A presente tese analisa as principais saídas que autores e leitores cegos de hoje, herdeiros da tradição do olhar, encontraram para não perderem a relação com o texto. Entre elas estão o uso da memória, a reorganização dos livros e escritos, o controle sobre as palavras e a construção da poesia. Além dessas soluções, eles contam com uma presença determinante para voltarem às suas tarefas: a figura do ledor, intermediário importante entre eles e o texto. A fonte de inspiração para este estudo foi o personagem ficcional Balicci, protagonista da novela Il mondo di carta, de Luigi Pirandello: bibliófilo, cego e habitante do mundo de papel. A pesquisa dos casos contemporâneos dividiu-se em três partes: os leitores cegos, entre os quais alguns alunos do Instituto Benjamin Constant; os ledores; e os autores cegos, representados por dois grandes exemplos, Jorge Luis Borges e João Cabral de Melo Neto. A partir daí, estudamos as tensões entre o olho e a voz, a renovação das posturas de leitura e escrita e a retomada da leitura em voz alta e do ditado como formas de absorção e produção do texto. |