[pt] AFECÇÕES DE PELE: UMA PELE PARA DOIS?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: CRISTIANE FATIMA DIAS DE JESUS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5226&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5226&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5226
Resumo: [pt] A pele tem uma importância fundamental na nossa constituição psíquica. Através dos primeiros contatos de pele com a mãe ou ambiente maternante o bebê começa a formar as mais primitivas impressões acerca do corpo que lhe pertence e do mundo que o rodeia. Este estudo pretende mostrar que as afecções de pele refletem um desejo de retorno ou permanência no estado de indiferenciação com a mãe. Deste modo, parte-se do princípio que distorções no elo mãe-filho desde cedo não permitem ao mesmo vivenciar com naturalidade seu trajeto rumo à independência, nos termos de Winnicott, ou em direção à individuação, de acordo com Mahler. A falta de um ambiente bom o bastante dificulta a aquisição de uma experiência subjetiva de corpo. Por outro lado, abordam- se também os pressupostos da Escola de Psicossomática de Paris, segundo a qual, os processos que levam à vulnerabilidade psicossomática também estariam relacionados à falhas na estruturação desta ligação, resultando na insuficiência e/ ou desorganização das funções psíquicas. Portanto, com este objetivo pretende-se mostrar que as afecções de pele refletem uma falha nos processos de delimitação das fronteiras do corpo pela falta ou inadequação do investimento materno nos primeiros anos de vida, dificultando a experiência de unidade e coesão de seus processos internos e externos. Na parte final, procede-se à discussão de um caso clínico à luz das teorias anteriormente mencionadas.