[en] MEMORIES ABOUT ETHNIC-RACIAL SOCIALIZATION OF BLACK FAMILIES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CLAUDINA DAMASCENA OZORIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66627&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66627&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66627
Resumo: [pt] O presente estudo teve como objetivo geral investigar sobre trajetórias de socialização e socialização étnico-racial em famílias negras brasileiras, abrangendo interações dos filhos e filhas no ambiente familiar e no espaço escolar, desde a infância até o fim da adolescência. Para tanto, o trabalho foi dividido em três grandes eixos temáticos: O Eixo 1 apresentou as famílias negras em contexto sócio histórico brasileiro, narrando a história e a trajetória de cada família entrevistada. O Eixo 2 discorreu sobre trajetórias de socialização e socialização étnico-racial no ambiente familiar e escolar, com foco na infância e na adolescência dos filhos/as participantes. O Eixo 3 abordou os projetos educativos das famílias para a prole, buscando compreender como os filhos/as vivenciaram na prática os projetos educativos elaborados pelos seus cuidadores. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 famílias, composta por 10 díades (10 mães e 6 filhas e 4 filhos), mais 1 mãe que deu o seu relato, porém o filho não pode participar, totalizando 11 mães participantes. Para a obtenção dos resultados foi feita a análise de conteúdo (Bardin, 2016) e pelo software IRaMuTeQ. Nos resultados encontrou-se que o investimento parental de cuidado extra maternal foi necessário na trajetória de socialização da prole, com ajuda fundamental da rede de apoio, especialmente das avós, irmãs, tias e vizinhas. No geral, os ambientes de cuidado das famílias entrevistadas envolveram múltiplos cuidadores, com diversas pessoas funcionando como parceiros de interação. Porém, a figura materna continuou sendo a referência principal de cuidado com a prole, sendo a figura paterna fonte de apoio secundário, mas quase sempre ausente ou indisponível. As histórias compartilhadas destacaram a importância atribuída à escolha da escola que está diretamente relacionada com as vivências na escola, mas tais vivências fogem do controle dos projetos educativos das mães, como racismo, discriminação, bullying e preconceito. Acredita-se que essa pesquisa contribui significativamente para a literatura sobre famílias negras, trajetórias de socialização e socialização étnico-racial, porém, o estudo tem limitações, como a multiplicidade temática, e necessita ser ampliado e aprofundado. Entretanto, oferece valiosas contribuições para as áreas de psicologia clínica, social e do desenvolvimento, promovendo reflexões sobre as complexidades em torno das famílias negras e da socialização étnico-racial nesse núcleo. Sugere-se, ainda, que seu material possa ser utilizado como referência na construção de ferramentas teórico-práticas de intervenção clínica e social.