[pt] FIGURAS DA INVASÃO: REFLEXÕES SOBRE O INCÔMODO CLASSISTA NA CIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: TOMAS DUQUE ESTRADA ROSATI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22153&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22153&idi=4
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.22153
Resumo: [pt] O presente projeto propõe uma reflexão sobre o incômodo classista na cidade através de um diálogo entre a Buenos Aires da década de 40 e a São Paulo da década de 90. A ideia é investigar vínculos entre literatura e experiência urbana a partir da sugestão de duas ficções que tematizam relações problemáticas com a alteridade: Casa Tomada (1946), de Julio Cortázar, e O importado vermelho de Noé (1999), de André SantAnna; ambas entendidas como estetizações do estranhamento entre as elites e as massas na metrópole latino-americana. Parte-se da hipótese de que cada conto pode ser lido como lugar teórico para se pensar os paradigmas moderno e pósmoderno. Tendo como fio condutor a figura da invasão, o diálogo entre eles identifica nexos de correspondência que permitem enxergá-los como capítulos de uma possível narrativa da cidade. Dessa forma, as configurações urbanas particulares e os contextos culturais específicos passam a ser vistos como indissociavelmente relacionados. Valendo-se de conceitos ligados à tradição marxista, como fetichismo da mercadoria, materialismo cultural e produção do espaço, o trabalho busca uma articulação dialética entre regimes de acumulação do capital, práticas de distinção social e fenômenos de segregação espacial. Por meio desse recorte, é esboçado um modelo de compreensão das transformações culturais e epistemológicas interessado nos vínculos entre a experiência da modernidade e a lógica do modo de produção capitalista.