[pt] O ENTRECRUZAMENTO DE CÓDIGOS CULTURAIS: JOVENS BRASILEIROS FACE A CÓDIGOS CONFLITANTES PERMEADOS PELA LÓGICA DA MODA
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5567&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5567&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5567 |
Resumo: | [pt] A aparência física masculina socialmente legitimada no mundo ocidental tornou- se no final do século XVIII, segundo Flugel (1930) em A psicologia das roupas, austera e hermética em relação a qualquer tipo de ornamento artístico, posto que o homem renuncia ao direito de ser considerado belo. Acreditamos, entretanto, tratarse de um fenômeno que só atinge certos segmentos do sexo masculino pertencentes ao universo dos white collars. Portanto, não se estende a todos os homens. Observemos, por exemplo, a vaidade presente na estética regional dos latifundiários do Agreste Nordestino e dos grupos socialmente marginalizados como os cangaceiros, malandros da Lapa, sambistas, bicheiros ad infinutum. Neste trabalho, elegemos alguns elementos da cultura de massa para saber como os discursos sobre os cuidados com a aparência estética no sexo masculino passam a ser enaltecidos pela cultura dominante através de enunciados que apontam para o surgimento de um novo homem. Além disso, examinamos como estas mensagens vêm sendo recebidas pelos sujeitos, tendo em vista o modo através do qual elas entram em conformidade com antigos valores da nossa sociedade. Para tanto, foram analisados diversos estilos de moda masculina, tais como são caracterizados no discurso dos entrevistados, já que acreditamos ser esta uma das maneiras através das quais os indivíduos se posicionam na sociedade, expressando opiniões e emitindo mensagens ao seu respeito. Concluímos, portanto, que estes sujeitos utilizam-se de uma boa parte dos modelos projetados pela indústria para criar a sua própria identidade visual. Além disso, percebemos que eles se colocam contrários à tão alardeada androgenia que vem sendo propagada pela mídia, posto que estão sempre buscando preservar as diferenças entre os sexos através de um mapeamento imaginário do corpo masculino (Portinari, 2003, s.p.). Ainda é importante explicitar que o material colhido é extremamente amplo e abrangente, cujo teor não foi trabalhado e esmiuçado em toda a sua potencialidade, ficando portanto para ser retomado no doutorado. |