[pt] A EXPERIÊNCIA ESCOLAR PARA JOVENS DE CAMADAS POPULARES: UM ESTUDO EM ESCOLA DA BAIXADA FLUMINENSE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: JULIANA E SILVA PEREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16706&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16706&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16706
Resumo: [pt] Muito se fala sobre a crise da educação. Jornais, revistas, a mídia de forma geral vêm expondo os problemas pelos quais o sistema educacional vem passando. A quantidade de pesquisas envolvendo o tema é extensa, com estudiosos questionando a todo instante os motivos que levaram à crise, sua natureza, como superá-la. O processo de massificação e democratização da escola delineia-se como o ponto de viragem que marca o rompimento com o equilíbrio anteriormente estabelecido. Nesse processo, a escola passa a receber um contingente cada vez mais heterogêneo de alunos e, com eles, ambigüidades e paradoxos, permeados por uma diversidade de questões que desestabilizam a época das certezas. Sujeitos inseridos no contexto da crise da escola, professores e alunos não poderiam deixar de ser afetados por essas transformações. Autores como Bernard Charlot e Rui Canário afirmam que gradualmente foi ocorrendo um desencanto em relação à escola, que já não conseguia dar conta do prometido futuro profissional. Para os professores, os conflitos decorrentes dessa crise refletem-se diretamente em sala de aula, alterando suas condições de trabalho. Indisciplina, violência, dispersão seriam, certamente, sinais do desgaste, tanto para o professor quanto para os alunos. Diante desse contexto, o presente estudo buscou compreender qual seria o sentido da experiência escolar para jovens das camadas populares: qual a importância, qual papel a escola ocupa na vida desses jovens? Qual o significado da escola para seu futuro? Será que a escola ainda é percebida por esses jovens como esperança de mobilidade social? O que esses jovens esperam da escola? O objetivo maior dessa pesquisa foi justamente ouvir esses jovens, analisando quais seriam suas expectativas e angústias em relação à escola. Através de um estudo de inspiração etnográfica, de abordagem qualitativa - o trabalho de campo foi realizado em uma escola da Baixada Fluminense, periferia do Rio de Janeiro e baseou-se na observação das aulas, dos recreios e passeio pedagógico. Além disso, foi aplicado um questionário (buscando traçar um perfil socioeconômico dos jovens), e duas oficinas, em que os jovens relatavam e escreviam sua opinião sobre a experiência escolar – a presente pesquisa evidenciou que, mesmo diante de uma perda de legitimidade, a escola ainda representa para esses jovens oportunidade de ascensão social. A conquista de um diploma é o sentido da escola para eles. E é pensando no que esse diploma pode lhes proporcionar que vão à escola todos os dias. Para esses jovens a escola delineia-se como principal alternativa capaz de proporcionar uma sonhada mudança de vida. Dessa forma, o sentido da escola está associado ao futuro. No presente, o que mobiliza esses jovens a irem a escola seria a sociabilidade: o fazer amigos, o diálogo, as vivências. A escola seria o local de relacionamento com o outro, com a diversidade, lugar que possibilita troca de experiências, construção de identidade.