[pt] O QUE FOI SEU AGORA É MEU: SIGNIFICADOS DE CONSUMO EM VESTUÁRIO DE SEGUNDA MÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CAROLINE MARQUES GOLDSTEIN
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51533&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51533&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51533
Resumo: [pt] A indústria têxtil apresenta grande relevância na economia brasileira, ocupando a quarta posição de maior produtor de denim do mundo e a maior cadeia têxtil completa do ocidente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (2018). Por outro lado, trata-se de uma das indústrias mais poluentes no mundo e apresenta cerca de 500 bilhões de dólar ao ano de descarte de roupas não recicladas, de acordo com o relatório da Ellen MacArthur Foundation (2017). Neste contexto, formas de consumo alternativo têm ganhado força transformando os espaços de brechós em importantes marketplaces para disposição e reuso. A presente pesquisa buscou investigar os significados envolvidos no consumo de vestuário de segunda mão, contribuindo para uma reflexão acerca dos sentidos, crenças e valores que promovem ou restringem escolhas por estes objetos. Os dados foram coletados por meio de observação participante e de entrevistas individuais com dezoito consumidores, em três brechós da cidade do Rio de Janeiro. Foi utilizada a perspectiva teóricometodológica da semiótica discursiva de linha francesa, por meio do modelo da Axiologia do Consumo de Floch (1993), e Análise de Conteúdo para analisar os temas identificados nos discursos dos consumidores. Nos resultados da análise, destacam-se os rituais de consumo e questões relativas à sociabilidade e ao estilo de vida dos sujeitos. Há, também, pontos dissonantes em relação ao conceito de sustentabilidade, indicando oportunidades para marcas e gestores de brechós aperfeiçoarem suas estratégias de negócios sustentáveis. As narrativas dos consumidores alternam e, por vezes, conjugam valores críticos, práticos e utópicos da Axiologia de Floch (1993).