[pt] A HISTÓRIA FAMILIAR NO PROCESSO DE ADOECIMENTO SOMÁTICO: A VIOLÊNCIA EM DESTAQUE
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37446&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37446&idi=3 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37446 |
Resumo: | [pt] Nos últimos tempos, a família passa por transformações significativas que endossam novas formas de representação na promoção de saúde e de doença. O avanço na compreensão destes processos é tema principal desta tese, que procura ampliar as articulações possíveis entre sintomas somáticos e história familiar. O objetivo, portanto, é propor uma investigação do processo de adoecimento somático do grupo, escutando a história geracional. Utilizamos a investigação qualitativa dos dados, recorrendo à análise de conteúdo para o entendimento das representações estabelecidas sobre somatização e acontecimentos significativos da história e das fases do ciclo de vida da família. Entrevistamos dez famílias em seus domicílios por intermédio de encaminhamentos realizados pela equipe de saúde da estratégia de saúde da família do bairro de Santa Luzia, da cidade de Juiz de Fora. Durante um mês, em cada família, foram utilizados recursos técnicos como o genograma e o espaçograma, além de perguntas semidirigidas. Os dois primeiros foram montados pela equipe de pesquisa para o mapeamento de doenças e para a visualização do ambiente físico, respectivamente. De acordo com os depoimentos coletados e relatórios confeccionados, ampliamos a visão psicossociossomática do adoecimento, verificando que a doença é uma das expressões da violência familiar. A presença do alcoolismo, a repetição de comportamentos conflituosos entre gerações e a falta de apoio psíquico entre os membros exemplificam o cotidiano destas famílias. As somatizações surgem como representação da invasão do outro no corpo do sujeito, da dificuldade de expressão de sentimentos e da falta de conhecimento sobre as demandas internas da família. As lembranças de situações violentas e conflituosas geram impasses e provocam um desgaste intergeracional, fragilizando a capacidade do grupo de se manter como apoio psíquico ao outro. |