[en] BEGINNING TEACHERS: PROFESSIONAL INSERTION IN SCHOOL SYSTEMS AND UNEQUAL WORKING CONDITIONS
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37755&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37755&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37755 |
Resumo: | [pt] A partir da constatação de que, embora venha ganhando destaque, o período de iniciação à docência não é privilegiado para investigações no Brasil e, portanto, reconhecendo a necessidade de continuidade de investimentos na temática, desenvolvo esta pesquisa cujo objetivo é ampliar o conhecimento sobre aspectos do trabalho, do desenvolvimento profissional e da socialização de professores iniciantes em uma perspectiva relacional. Baseando-me no estudo sobre o ciclo de vida profissional docente (HUBERMAN, 1995), tomo como sujeitos professores que se encontram nas duas primeiras fases da sua carreira, que possuem até seis anos de atuação profissional. Sustentada na noção de campo (BOURDIEU, 2009) que implica pensar relacionalmente, trabalho com iniciantes de três redes de ensino, duas públicas e uma privada, a fim de identificar homologias e divergências no modo como a organização do trabalho se processa e se objetiva nessas diferentes redes, no Rio de Janeiro. A literatura (MARCELO GARCÍA, 1999; 2009; PAPI; MARTINS, 2010) sobre o período de inserção mostra que o início da carreira docente apresenta demandas específicas e que esse momento pode ser experimentado de modo mais fácil ou mais difícil, dependendo do acolhimento, do apoio e do lugar em que atuam os novatos. Assim, busco saber como vivenciam esse período docentes de diferentes redes e que aspectos parecem favorecer ou dificultar a inserção e o desenvolvimento profissional dos mesmos. Optei por trabalhar com narrativas de professores porque meu interesse foi construir esse objeto a partir da visão de quem está vivendo essa fase. Foram realizadas vinte e três entrevistas semiestruturadas, do tipo depoimento, com professores das séries iniciais do ensino fundamental e da educação infantil. Através delas pude apreender aspectos do cotidiano de trabalho e identificar estratégias (BOURDIEU, 2004) das instituições e dos agentes para se inserirem nesses espaços sociais, bem como perceber de que maneiras elas influenciam o seu modo de se constituir “professor” e sua perspectiva de carreira. No diálogo “empiria-teoria”, a pesquisa se beneficia das contribuições de Bourdieu (2004), que ajudam a iluminar as estratégias de inserção presentes no campo educacional, bem como homologias e discrepâncias presentes entre elas e como vão influenciando a constituição do habitus associado à função docente (PENNA, 2011); de Marcelo García (1999; 2009) e Marcelo García e Vaillant (2012), no que tange ao desenvolvimento profissional de professores e ao início da carreira docente; de Barroso (2005), que fornece elementos para pensar as bases de uma autonomia construída; entre outros. As análises revelam formas variadas de investimento em desenvolvimento profissional e lógicas distintas de construção do trabalho. Por um lado, reforçam achados de outras pesquisas no que tange à importância dos pares na inserção profissional e confirmam que o capital tempo, ainda que sofra variações, é fator de distinção entre jovens professores e professores mais antigos. Por outro, assinalam a importância da organização das redes e das escolas na socialização dos iniciantes, que vão construindo percepções e intenções diferenciadas em relação ao seu trabalho, à profissão e aos investimentos na carreira. |