[pt] A CALIGRAFIA DO OLHAR DE KARIM AÏNOUZ: POSSIBILIDADES POLÍTICAS DE UM CINEMA NECESSÁRIO
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45505&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45505&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45505 |
Resumo: | [pt] Esta pesquisa procura analisar a filmografia do diretor Karim Aïnouz sob a perspectiva política. O cinema é uma arte que nasce na modernidade: fruto das inovações tecnológicas do século XIX, serviu às utopias das vanguardas, aos revolucionários contra a opressão, como um dos meios através dos quais se procurava levar o esclarecimento às massas. No Brasil, o Cinema Novo é o paradigma da luta pela emancipação nacional e cultural. No contexto atual, em que os grandes ideais da modernidade parecem ter esmaecido e se instaura um pensamento pós-utópico, a relação entre cinema e política é reconfigurada. A ausência de um objetivo comum e de soluções totalizantes por parte dos realizadores dá a impressão de uma luta pulverizada e com uma eficácia duvidosa. Assim, busca-se investigar em que medida o cineasta Karim Aïnouz tenta instigar os espectadores a mudar o estado das coisas (Rancière). Sua trajetória profissional, os temas e cenas recorrentes, bem como a estética dos filmes, serão levantados para tentar reconhecer tanto o que há de singular quanto as similaridades com alguns outros cineastas contemporâneos, principalmente alguns brasileiros, procurando não uma homogeneidade, mas diálogos e convergências geracionais. O foco principal será a relação entre arte e política depreendida tanto da narrativa de cada filme – passando pela escolha de personagens e pelas questões que Aïnouz procura suscitar em seu público – quanto da estética e do seu processo pessoal, buscando também desvendar sua caligrafia do olhar. A forma pela qual esse cineasta percebe as possibilidades políticas de seus filmes, assim como seus questionamentos em relação à sociedade e ao próprio fazer cinematográfico, servem para discutir os desafios do cinema frente à mentalidade estagnada do tempo pós- em que parecemos viver (Rancière). Também serão discutidas algumas ressurgências (ou permanências) do Cinema Novo e como são retrabalhadas nos filmes analisados. |