[en] POSTCOLONIAL READING OF THE UNITED NATIONS NEW PEACE OPERATIONS: THE CASE OF SOMALIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MARTA REGINA FERNANDEZ Y GARCIA MORENO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37980&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=37980&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.37980
Resumo: [pt] A tese oferece uma leitura pós-colonial sobre as novas operações de paz da ONU a partir do caso da Somália. O argumento central é o de que tais operações são informadas por uma velha lógica, a da teoria da modernização, a qual, por sua vez, deita suas raízes nas teorias racistas e evolucionistas do século XIX. Nesse sentido, a tese sugere que essas novas operações são guiadas pela mesma lógica logocêntrica que informou o imperialismo europeu e a ação subseqüente do Conselho de Tutela das Nações Unidas. A tese visa a desestabilizar o ineditismo das novas operações de paz por meio da análise genealógica de um caso específico, o somali. Argumenta-se que a construção discursiva das sociedades alvo de tais operações como atrasadas, falidas ou pré-modernas cria as condições de possibilidade para as operações de paz conduzidas pelas Nações Unidas em nome da salvação, do progresso e da modernização das mesmas. Logo, a produção da descontinuidade/inovação das operações de paz em relação ao passado colonial depende da construção da continuidade das sociedades alvo de tais operações vistas como sujeitas a conflitos ancestrais e endógenos, ligados a um passado pré-colonial; revelando, desse modo, uma dependência mútua entre as identidades moderna e tradicional. A tese sugere que o reconhecimento do caráter híbrido das sociedades pós-coloniais, presente na perspectiva pós-colonial, nos permite desestabilizar o discurso logocêntrico subjacente às novas operações de paz da ONU.