[en] ON THE IDEAL OF AUTONOMY: A PSYCHOANALYTIC PERSPECTIVE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SUELLEN PESSANHA BUCHAUL
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48299&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48299&idi=2
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48299&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48299
Resumo: [pt] Esta tese propõe investigar o discurso de ideal de autonomia que se faz presente na sociedade ocidental contemporânea de maneira significativa. Por um lado, ele atravessa instituições – como a escola – sob a forma de um imperativo, de uma exigência à autonomia. Por outro, se apresenta nos discursos individuais como um apelo à autonomia, como um modo subjetivo para livrar o sujeito de seu sofrimento. Partimos da hipótese de que o imperativo à autonomia não apenas se traduz como uma exigência, mas também como uma urgência em nossa época. Para compreender como isso ocorre, procuramos fazer uma genealogia histórica e antropológica sobre a figura da autonomia a fim de compreender a construção desse ideal como discurso imperativo no cenário social contemporâneo. Em seguida, percorremos as teorias de J. Lacan e D. W. Winnicott, especificamente as problematizações que trazem à noção de autonomia. O primeiro analisa a autonomia como uma ideia delirante, da ordem do impossível para o sujeito barrado; o segundo faz uma crítica à imposição de o sujeito ser autônomo, mas considera que a autonomia, quando desdobrada de forma espontânea pelo self, é um aspecto essencial no processo de amadurecimento emocional, sendo inclusive necessária à saúde do sujeito. Por fim, são apresentadas vinhetas retiradas de nossa experiência na clínica e em instituições escolares e, com base nelas, sustentamos a tese de que a autonomia pode ser uma resposta encontrada pelo sujeito para lidar com a precarização dos laços familiares e sociais; em outras palavras, a autonomia tornase urgente na medida em que ele não tem com quem contar.