[pt] ENSAIOS SOBRE DESCASAMENTOS CAMBIAIS, HEDGE E DESEMPENHO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS EM CRISES CAMBIAIS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: MARCIO MAGALHAES JANOT
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9697&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9697&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9697
Resumo: [pt] Esta tese de doutorado consiste de três ensaios relacionados ao gerenciamento de risco cambial e ao desempenho das empresas brasileiras em períodos de crises cambiais. O primeiro ensaio testa se as perdas patrimoniais implicadas pelas depreciações cambiais reduzem o investimento das empresas. Encontramos que, entre 2001 e 2003, empresas com elevados descasamentos cambiais na véspera da crise reduziram seus investimentos em 8,1 pontos percentuais, comparativamente às demais empresas de capital aberto. Mostramos, também, que a depreciação cambial aumentou a competitividade das empresas exportadoras, mas, ainda assim, implicou perda de 12,5 pontos percentuais no investimento das exportadoras com descasamentos cambiais, relativamente às demais exportadoras. Essas quedas estimadas de investimento são economicamente muito relevantes, corroborando a importância dos efeitos patrimoniais negativos das depreciações cambiais. O segundo ensaio investiga se a listagem de ações nos Estados Unidos através de ADRs disciplina as decisões corporativas. Mostramos que as emissões de ADRs induzem uma gestão de risco cambial mais eficiente: em antecipação à crise cambial brasileira de 1999, em média, as empresas com ADRs reduziram em 6,4 pontos percentuais a proporção de descasamento cambial sobre ativos, relativamente às empresas sem ADRs. Resultados adicionais conectam esse forte ajuste à pressão de arbitradores internacionais. Finalmente, o terceiro ensaio testa se as garantias governamentais de que não haverá uma desvalorização significativa do câmbio, implícitas nos regimes de câmbio administrado, estimulam um endividamento excessivo em moeda estrangeira. Dados de empresas brasileiras, antes e depois do fim do regime de câmbio administrado em 1999, sugerem que tais garantias não são relevantes para a decisão de endividamento em moeda estrangeira.