[pt] IDENTIDADES EM (TRANS)FORMAÇÃO: ANÁLISE DE NARRATIVAS TESTEMUNHAIS DO PROGRAMA VÍCIO TEM CURA
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59396&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=59396&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.59396 |
Resumo: | [pt] A dissertação busca compreender como sujeitos (auto)denominados ex- viciados criam inteligibilidade sobre eles próprios e o mundo ao relatarem suas histórias de vida (re)significando experiências passadas, (re)desenhando o presente e o futuro e abandonando, fabricando e reivindicando identidades e pertencimento a grupos sociais. Com o propósito de atingir estes objetivos, lanço mão da Análise de Narrativa enquanto ferramenta teórico-metodológica de estudo, visto que o interesse da pesquisa é focado na compreensão do que fazemos ao narrar, ou seja, o caráter performativo da linguagem. Os dados selecionados para análise são narrativas testemunhais vinculadas a um programa televisionado da Igreja Universal do Reino de Deus chamado Vício Tem Cura, que apresenta sujeitos que atingiram a cura para o vício através da fé, por intermédio das igrejas iurdianas. Frente a esse recorte, são observados os alinhamentos discursivos que entram em jogo ao longo das interações, pautando consensos que se atrelam às substâncias e ao seu consumo, que difundem normas e desvios ao passo que promovem cisões identitárias em e entre sujeitos e grupos sociais. Além disso, o trabalho visa verificar se há algum padrão estrutural nas narrativas analisadas, uma vez que não são prototípicas. Por fim, conclui-se que o discurso que permeia as igrejas iurdianas gera narrativas de superação do uso de substâncias que limitam a compreensão do uso de substâncias a uma mesma história, o que cria uma identidade homogênea e marginalizada — como se fosse possível, nos tempos atuais, performarmos todos um mesmo self —, ratificando e propagando preconceitos e estereótipos. |