[pt] ABUSO SEXUAL INFANTIL: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS RESPONSÁVEIS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: MIRIAM PERES DE MOURA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5931&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5931&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5931
Resumo: [pt] O abuso sexual praticado contra crianças é um crime hediondo que nos remete a uma história de dominação e poder do mais forte contra o mais fraco, e do adulto contra a criança, sejam eles familiares ou estranhos. Atualmente essa questão vem mobilizando autoridades governamentais, profissionais de saúde, de educação e a sociedade, através da mídia, da criação de leis, de campanhas educativas e da academia. Muitos embates têm sido travados visando encontrar as melhores alternativas para o enfrentamento do problema. Com base na noção de que a representação social contém um caráter prático e operacional, voltado para a ação, o presente estudo teve dois objetivos centrais: primeiro, identificar as representações sociais dos responsáveis por crianças vítimas de abuso sexual acerca dos agressores, dos profissionais e dos serviços de atenção à criança vítima de abuso sexual; e segundo, entender como essas representações influenciam a resolutividade dos casos atendidos.Conclui-se que a adesão ao tratamento, primeira condição para a resolutividade, é fortemente influenciada pelas representações sociais dos responsáveis, em particular aquelas relativas à função desempenhada pelas autoridades e à figura do autor do abuso sexual. O estudo mostra ainda que os responsáveis fazem circular essas representações, mas se ressentem do fato de nem sempre elas serem ouvidas, o que demonstra a necessidade de estabelecer uma escuta diferenciada que valorize e compreenda suas representações sociais como fatores determinantes no sucesso do acompanhamento e adesão ao tratamento. Apoiar, sustentar e valorizar a fala dos responsáveis, dar voz a estas representações e frustrações, é pois fundamental para construir ações efetivas na trajetória de enfrentamento da questão de modo a contribuir na resolutividade dos casos de abuso sexual.