[pt] O PRAZER DA LÍNGUA: INCONSCIENTE E TIRADA ESPIRITUOSA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MARINA DE SA GOMARA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=56777&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=56777&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.56777
Resumo: [pt] Esse trabalho parte da afirmativa freudiana de que as palavras têm um poder mágico para apontarmos, pela teoria do chiste ou da tirada espirituosa, que a linguagem possui um aspecto subversivo decisivo. Para isso, investigamos a intrínseca relação entre linguagem e inconsciente, sendo a linguagem condição para o inconsciente. Examinamos como a ambiguidade e a equivocidade das palavras podem fornecer meios para a expressão do inconsciente pela fala. Pesquisamos, ainda, outras formações do inconsciente (lapsos, atos falhos e sonhos), apostando, com Lacan, que as leis regendo linguagem e inconsciente seriam as mesmas. Pela metáfora e metonímia vimos como é possível distorcer palavras e pensamentos para que sejam dribladas a censura e a razão crítica. Esses jogos linguísticos e intelectuais, além de prazer, podem proporcionar reconfigurações subjetivas decisivas. A psicanálise trata disso: dessa transformação pessoal que o encontro com o inconsciente promove trazendo a verdade do sujeito. Não deixaremos de abordar a dimensão política do chiste, a mais social das formações do inconsciente, que subverte as leis do código linguístico e denuncia tabus, inibições e proibições. Por último, vamos indicar que o poder subversivo do chiste consiste em uma transgressão localizada, revolução de veludo, se comparada ao poder de desrealização generalizada da ironia.