[pt] GERAÇÃO CANGURU: ENTRE O CONFORTO E O DESAMPARO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: IRIS MASSENA GALLAGHER
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28996&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28996&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.28996
Resumo: [pt] O fenômeno do prolongamento da convivência familiar pode ser compreendido como uma forma de organização familiar que responde à instabilidade do contexto atual. O jovem contemporâneo convive com a ausência de segurança no campo profissional e afetivo, encontrando suporte na vida em família. Assim, ele se depara com o contraste entre o desamparo do mundo lá fora e o conforto na casa da família, uma vez que esta tem oferecido cada vez mais diálogo entre os membros. Esta dissertação tem como objetivo investigar as motivações, os obstáculos, a vida profissional, a vida afetiva e os planos para o futuro dos jovens adultos que moram com os pais. Para isto, recorremos ao campo da psicologia, da psicanálise, da sociologia e da história. Utilizamos metodologia qualitativa e entrevista semi-estruturada, que contemplou temas relevantes, relativos ao prolongamento da convivência familiar. Entrevistamos 8 sujeitos das camadas médias da população carioca, com idades entre 26 e 35 anos e que moram com os pais. Verificamos que os sujeitos destacam como vantagens de viver com os pais a questão econômica, a organização, a praticidade, o diálogo e o alento. Como desvantagens, eles apontam para a falta de privacidade e o sentimento de não pertença à casa da família. A vida profissional dos sujeitos é marcada por experiências de curto prazo e pelo medo em relação ao futuro. Porém, alguns sujeitos buscam no emprego público a garantia de uma vida mais estável. Já a vida amorosa dos entrevistados, é caracterizada principalmente pela flexibilidade dos laços amorosos. O quadro instável da atualidade, enfim, produz medo e insegurança nos sujeitos. Constatamos que diante dessa realidade, é comum que o jovem evite fazer planos para o futuro a fim de proteger-se contra possíveis frustrações.