[pt] CONTINUIDADES CULTURAIS NA ÁFRICA E NA DIÁSPORA NEGRA, A PARTIR DA ANÁLISE DAS FILOSOFIAS MAAT E UBUNTU

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: VERA TATIANA DOS REIS MONTEIRO GOMES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52577&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52577&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52577
Resumo: [pt] A tese teve como objetivo investigar a possibilidade de identificação de aspectos culturais comuns no continente africano como um todo, bem como de algumas continuidades culturais na diáspora negra, a despeito das reelaborações, conexões e deformações que tenham sofrido ao longo do tempo e do espaço. Para tanto, partiu da verificação da existência de duas zonas de maior afinidade linguística no continente africano. De um lado, a da grande família níger-congo, dentro da qual o grupo bantu é um sub-grupo, situando-se expressivamente na área meridional ou subsaariana. De outro, o grupo dos povos de línguas afro-asiáticas, que teriam migrado e se espalhado de leste a oeste, a partir da Bacia do Nilo até a região do Rio Senegal, revelando parentesco cultural entre as línguas egípcia antiga e línguas da África Ocidental. Com essa divisão inicial do continente em duas grandes áreas de afinidade linguística e partindo do pressuposto de que a classificação das línguas fornece uma base para que sejam feitas análises sobre a história cultural dos grupos, foi possível identificar duas maneiras principais de compreender a sociedade, correspondendo a filosofia Maat à área setentrional e a filosofia Ubuntu à meridional. A tese se concentrou, portanto, no estudo dessas duas filosofias, Maat e Ubuntu, a fim de identificar correspondências entre elas, e no intuito de verificar convergências culturais, tanto na área meridional, como na área setentrional da África. Também buscou analisar alguns exemplos de continuidades culturais na diáspora negra, para compreender se é possível aumentar o sentimento de solidariedade entre africanos e afrodescendentes da diáspora com base em tais continuidades, discutindo, ainda, alguns direcionamentos possíveis para a luta antirracista.