[pt] RACIALIZANDO AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: UMA PROPOSTA EPISTEMOLÓGICA A PARTIR DO QUILOMBO
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69264&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69264&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69264 |
Resumo: | [pt] Nesta tese proponho uma nova abordagem epistemológica para as Relações Internacionais, desafiando o modelo estadocêntrico preconizado por essa área de estudos, ampliando as possibilidades analíticas para além deste paradigma, em direção a pluralidade e reconhecimento de comunidades políticas alternativas. Na direção de contestação e descolonização epistêmica, sugiro um programa para a disciplina de Introdução aos Estudos de Relações Internacionais, com uma abordagem decolonial que permite a leitura de diferentes formas de organização política, com foco nas experiências dos quilombos enquanto comunidades políticas e de resistência. Essa proposta vai na contramão do modelo estadocentrista de pensar e fazer política, oferecendo um olhar afrodiaspórico para analisar a política internacional. Para tal, busco confrontar os fundamentos teóricos mainstream da área, contrapondo-os com leituras racializadas que evidenciam as limitações e exclusões implícitas no modelo hegemônico de política internacional, baseando-me na teoria do Contrato Racial. Em segundo lugar, realizo um levantamento da complexidade histórica e política dos quilombos e como elas podem informar caminhos de organização política autônoma e espaços de resistência que desafiam as estruturas coloniais de poder. Por fim, dedico-me a construção de um programa curricular para a disciplina de Introdução aos Estudos de Relações Internacionais, incorporando à literatura convencional referências afrodiaspóricas. Essa proposta visa descolonizar o ensino e a produção do conhecimento em Relações Internacionais desde o início de seu percurso acadêmico. Dessa forma, contribuo para a formação de um campo de estudos mais sensível às dinâmicas de poder globais racializadas e às narrativas silenciadas na trajetória da formação das Relações Internacionais. |