[pt] PREOCUPAÇÃO MATERNA PRIMÁRIA: CONDIÇÕES DE INSTAURAÇÃO E SEUS DESAFIOS NA ATUALIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: NATALIA DE TONI GUIMARAES DOS SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57455&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57455&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57455
Resumo: [pt] Ser mãe é atributo universal dos indivíduos femininos da espécie humana, mas a concepção de função materna e do lugar da mãe é constantemente influenciada pelo contexto sociocultural. Assistimos, na atualidade, a uma multiplicidade de destinos femininos possíveis e observamos que novos desafios são lançados à maternidade e, mais especificamente à configuração da preocupação materna primária. Este conceito clássico de Donald Winnicott é definido como um estado materno que tem início no final da gestação e perdura nos primeiros tempos de vida da criança, promovendo a profunda identificação da mãe com o seu bebê, de forma a capacitá-la a atender às suas necessidades básicas. A mulher vive, nesse estado, ao mesmo tempo e paradoxalmente, um ancoramento em si mesma, no infantil que retorna no processo de se tornar mãe, e um silenciamento da subjetividade materna em prol da comunicação proto-simbólica e intersubjetiva com a criança. Nossa proposta nesse trabalho, então, é investigar a experiência feminina no percurso da maternidade e, mais especificamente, analisar como se dá a construção da preocupação materna primária, isto é, quais são as condições para sua instauração bem como os desafios que se apresentam a ela no contexto contemporâneo. A partir de nossa pesquisa de campo longitudinal com mulheres cariocas, de classe média, em idade produtiva e reprodutiva, apontamos para o surgimento de novas nuances no estado de preocupação materna primária, com destaque para a maior expectativa materna com relação à participação do pai nos cuidados com o bebê. Neste campo da construção da maternidade a ética do cuidado se apresenta como elemento central, uma vez que, mais do que o condicionamento biológico da mulher à tarefa materna, o campo do desejo e do simbólico se mostram determinantes nessa empreitada.