[en] VOICES FROM A MUNICIPAL SCHOOL COMMUNITY IN RIO DE JANEIRO: A LOOK AT THE WORK ON LITERACY

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: JESSICA CASTRO NOGUEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69131&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69131&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69131
Resumo: [pt] No ano de 2020, a população mundial foi surpreendida por um novo vírus que desencadeou uma série de mudanças na vida de todos. Devido ao coronavírus, escolas e diversos estabelecimentos foram fechados. Com isso, milhares de crianças deixaram de frequentar a escola e, principalmente, aquelas que estavam no começo da aprendizagem de leitura e escrita, tiveram sua escolarização gravemente afetada. Esta tese traz uma pesquisa qualitativa que investiga o processo de alfabetização ocorrido durante o período da pandemia do covid-19. Trata-se de um estudo de caso de uma escola municipal do Rio de Janeiro, onde foram entrevistadas: 5 professoras que atuaram em classes de alfabetização no ano de 2020 ou que receberam alunos advindos desta etapa nos anos de 2021 e 2022, 25 crianças do 3º e 4º ano e 16 responsáveis. As entrevistas foram individuais com os adultos e coletivas com as crianças, e todas foram transcritas, codificadas e analisadas com o software Atlas Ti. Os resultados mostram que as professoras viram dificuldades na adaptação das crianças à cultura escolar, defasagem da aprendizagem e dificuldades em habilidades que somente através da escolarização poderiam ser adquiridas. As professoras indicaram também a importância da família no processo de retorno ao ensino presencial. Por meio das entrevistas com as crianças, verificamos que a mediação das tarefas ficava sob responsabilidade, principalmente, das mães. Dentre o repertório diverso de atividades realizadas pelas crianças, houve, contudo, um maior destaque para atividades tradicionais - cópias de textos e o trabalho com palavras e sílabas. Já as crianças falaram sobre uma alta carga de tarefas para serem realizadas, algo que se tornou um obstáculo devido ao outro problema indicado por elas: a dificuldade em se comunicar com as professoras. Também sinalizaram a importância da escola para a aprendizagem e socialização, mencionando a saudade dos amigos e das atividades escolares. Por último, nas entrevistas com os responsáveis, vimos que utilizaram variedade de recursos na tentativa de auxiliar as crianças em sua aprendizagem, destacando-se: a impressão das atividades enviadas pela escola, o uso da apostila da rede, a participação nas aulas remotas, atividades enviadas pelo WhatsApp e aulas pelo programa disponibilizado pelo município, o Rioeduca na TV. Os responsáveis destacaram aspectos positivos e negativos do ensino remoto, ressaltando a importância do papel do professor e da seleção adequada de materiais, além da importância da interação presencial. Em suma, este estudo evidencia a necessidade de estratégias educacionais mais eficazes e inclusivas para enfrentar crises futuras, reforçando o papel insubstituível da escola e do professor no processo de alfabetização e desenvolvimento das crianças. É necessário que o governo faça investimentos para termos, de fato, uma educação pública democrática e de qualidade.