[pt] A DINÂMICA DA CASA EM MC 3,20-35 ESTAR DENTRO OU FORA COMO SINAL DA TENSÃO ENTRE UNIDADE E DIVISÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: CARLOS FREDERICO SCHLAEPFER
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=3907&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=3907&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.3907
Resumo: [pt] A narrativa do texto de Mc 3,20-35 apresenta uma dinâmica em torno da casa, onde Jesus e seus interlocutores colocam- se frente a uma tensão simbolicamente representada no ato de estar dentro ou fora da mesma. Esta tensão vem marcada por uma ruptura, frente à pregação e ação de Jesus, por parte dos interlocutores, representativos das instituições políticas, religiosas e culturais do judaísmo no tempo de Jesus. Neste sentido, a ruptura entre Jesus e os que não aceitam o seu projeto: parentes (Mc 3,21), escribas (Mc 3,22), familiares (Mc 3,31), apontam para uma divisão da casa. Por outro lado, os que são chamados por Jesus (Mc 3,13-19), ouvem as suas palavras (Mc 3,33) e fazem a vontade de Deus (Mc 3,35), apontam para a unidade da casa. Da tensão entre unidade e divisão, percebe-se que a casa ocupa um lugar central, sendo portanto um elo e chave de leitura para todo o capítulo três do evangelho de Marcos. Esta presença acentuada da casa é bastante significativa, pois em diversos momentos ela é o lugar do encontro entre Jesus e os discípulos, lugar onde acontecem o ensinamento e a aprendizagem, em outras palavras, a casa/comunidade dos discípulos de Jesus, destacando a sua dimensão eclesial e comunitária. Estar dentro e fora da casa, passa a ser um diferencial marcante na perspectiva do seguimento de Jesus, pertença e participação do seu projeto. Na contribuição desta nova compreensão do texto, uma hermenêutica para toda relação intergrupal se faz presente, onde a tensão entre unidade e divisão se apresenta como condição para sua existência.