[pt] O CONCEITO DE VERDADE EM LINGUAGENS SEMANTICAMENTE FECHADAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: CARLOS LUCIANO MANHOLI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5985&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=5985&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.5985
Resumo: [pt] A teoria da verdade de Tarski, também conhecida como teoria clássica da verdade, forneceu uma definição para o conceito de verdade que pode ser considerada adequada do ponto de vista material, no sentido de implicar logicamente todas as definições parciais de verdade para sentenças isoladas, do tipo ´s é verdadeira se e somente se p`, sendo p uma sentença qualquer de uma das linguagens às quais a definição tarskiana de verdade se aplica, e sendo s um nome para tal sentença. Essa definição de verdade é consistente - até onde se sabe - mas para garantir a consistência da mesma Tarski precisou restringir seu campo de aplicação ao conjunto das linguagens que não podem ser utilizadas para tratar de sua própria semântica, às quais chamamos linguagens semanticamente abertas. Uma outra teoria da verdade, devida a J. Barwise e J. Etchemendy, foi desenvolvida com vistas a poder ser aplicada de modo consistente às linguagens semanticamente fechadas. Entretanto, para garantir a consistência de sua teoria, Barwise e Etchemendy acabaram por formulá-la de um modo em que a mesma não pudesse ser considerada materialmente adequada, no sentido especificado acima. Isso poderia causar a impressão de que a consistência de uma definição de verdade exigisse que se abrisse mão da adequação material da mesma, tal como fazem Barwise e Etchemendy, ou então que se restringisse seu campo de aplicação às linguagens semanticamente abertas, tal como faz Tarski. Construindo uma definição de verdade materialmente adequada no sentido em questão, e ao mesmo tempo aplicável a linguagens semanticamente fechadas, contudo, S. Kripke mostrou que isso não é o caso. Após uma análise comparativa dessas três teorias da verdade, encontramos razões para formular uma outra definição de verdade, baseada nas intuições russellianas acerca dessa noção, e capaz de ser aplicada consistentemente às linguagens semanticamente fechadas, mantendo a adequação material no sentido acima descrito. No presente trabalho, podem ser encontradas essa análise comparativa das teorias da verdade de Tarski, Barwise-Etchemendy e Kripke, bem como a definição de verdade que formulamos de modo a satisfazer as condições que mencionamos acima.