[en] MILITANT BLACK WOMAN: LIVE STORIES, IDENTITY AND RESISTANCE IN THE CONTEXTO OF AFFIRMTIVE ACTION AT THE STATE UNIVERSITY OF RIO DE JANEIRO
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27717&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=27717&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.27717 |
Resumo: | [pt] Este estudo visa contribuir para a compreensão do alcance do protagonismo político da mulher negra militante, com ênfase nas estudantes beneficiárias do programa de ação afirmativa da UERJ. Minha análise sustenta que o capitalismo racista e sexista obscurece e naturaliza a violência racial e de gênero, invisibiliza as históricas formas de resistências da mulher negra, mas não as aniquila. Neste contexto, os estereótipos e representações negativas da mulher negra, criados e naturalizados no imaginário social por processos educacionais de toda ordem, são por ela incorporados, mas também negados no processo de construção identitário. As lutas de resistência de mulheres negras ao longo da história brasileira têm confrontado este padrão de dominação, e esta resistência tem criado condições para a desconstrução de identidades legitimadoras para a afirmação de identidades de projeto de acordo com Castells. O objeto da pesquisa é a construção da identidade coletiva de raça e gênero e a compreensão de seus significados, possibilidades e limites para a consolidação do sujeito social. O universo investigado corresponde a cinco alunas do curso de graduação para o qual ingressaram através da política de cotas raciais a partir de 2003, selecionadas a partir dos seguintes critérios: a) ser, ou haver sido, aluna da UERJ; b) se autodeclarar negra, e c) ter participado de organização do Movimento Negro ou de Mulheres Negras durante o período da graduação. O trabalho de campo procurou responder as seguintes questões: a) Como o racismo atua na construção da identidade da mulher negra militante na UERJ? e b) Quais aspectos de sua história de vida foram considerados relevantes para enfrentar o racismo na universidade? A hipótese que norteou a pesquisa é de que o racismo é uma ideologia de dominação importante no capitalismo, cujas funções são naturalizar as desigualdades de classe e de gênero entre os grupos raciais. Além disso, este mesmo capitalismo busca aniquilar as raízes culturais de matriz africana, necessárias à formação da identidade racial, sendo esta a base sobre a qual a identidade negra se consolida. A pesquisa utilizou- se de um aporte teóricometodológico quantitativo e qualitativo, a saber: a) Análise das desigualdades raciais e de gênero com base em pesquisas já realizadas, assim como a construção de novos indicadores, segundo banco de dados da UERJ; b) Realização de entrevistas narrativas e utilizando-se da fotografia como recurso da memória e; c) Revisão bibliográfica sobre ação afirmativa, racismo e mulher negra. O estudo concluiu que a experiência das entrevistadas é permeada pela violência racial. Contudo, o que as distingue das outras mulheres negras é a escolha da política como mediação para o enfrentamento das relações de poder que estruturam a classe, a raça e o gênero na sociedade. |