[pt] FRAGMENTOS DE UM HOMEM DE BARRO: O GOLEM E O PODER DE CRIAÇÃO DA PALAVRA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: IVES ROSENFELD
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=54441&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=54441&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.54441
Resumo: [pt] Personagem mítico-judaico, o golem é um ser antropomorfo construído a partir de material inanimado e trazido à vida por meio de procedimentos mágicos. Em sua forma mais consolidada, ele é um homem de barro com uma inscrição em hebraico na testa. São muitas as suas facetas nas diferentes leituras que lhe atribuíram ao longo dos séculos. Em todas as variações, no entanto, é sempre uma palavra mágica, escrita ou soprada, que concede vida ao golem. Esta dissertação revisita e reconta o mito, com maior interesse pela palavra que desperta o homem de barro. O trabalho propõe que o papel central da palavra na narrativa do golem faz ressoar a importância da palavra na tradição judaica. Partindo do pressuposto de que a tradição judaica é sedimentada pela transmissão intergeracional de palavras, este trabalho, buscando inserir-se nesse contexto, suplementa-se com um reconto da lenda do golem para crianças. Pensar o poder de criação da palavra nos impele a estabelecer paralelos com a invenção literária. As amostras de escrita poética inseridas e mencionadas no texto tanto exemplificam a questão quanto expõem sua complexidade. O trabalho lança um olhar para o mito do golem como metáfora para a escrita e percebe no próprio autor da dissertação um fazedor de golem. É nesse sentido que o texto se deixa contaminar por uma ideia de golem múltiplo e amorfo. O resultado é uma escrita constelar, composta a partir de fragmentos situados no limite entre a teoria, a prosa literária e a fabulação autobiográfica. Embora produza tensionamentos entre os fragmentos, este trabalho esforça-se por não os interpretar.