[en] REANTROPOFAGIA, VÉXOA, MOQUÉM SURARÎ, HÃHÃW: AESTHETIC-POLITICAL CARTOGRAPHIES OF CONTEMPORARY INDIGENOUS ARTS AND CONTEMPORARY INDIGENOUS CURATORSHIPS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: RANDRA KEVELYN BARBOSA BARROS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68056&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68056&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68056
Resumo: [pt] Neste estudo, busca-se investigar o projeto curatorial e expositivo de quatro mostras coletivas articuladas por integrantes dos povos originários: ReAntropofagia: coletiva de arte contemporânea com artistas indígenas brasileiros (2019); Véxoa: nós sabemos (2020); Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea (2021) e Hahãw: arte indígena antirracista (2022). A expressão Arte Indígena Contemporânea (AIC), proposta por Jaider Esbell (2018), é discutida conceitual e historicamente, pois demarca a insurgência de exposições indígenas que buscam dialogar com as instituições de arte brasileira (galerias e museus). Nesse sentido, é fundamental estudar noções que contribuem para a reflexão sobre as obras de autoria indígena presentes nessas mostras, tais como relacionamento (Casé Angatu, 2021); alianças afetivas (Ailton Krenak, 2016); txaísmo (Jaider Esbell, 2021); racismo anti-indígena/etnogenocídio (Geni Núñez, 2019); pilhagem epistemológica (Henrique Freitas, 2016); opacidade e transparência (Édouard Glissant, 2021), entre outras. Assim, trabalha-se com as perspectivas estéticas e políticas das expografias, em consonância com as vozes intelectuais indígenas, que cada vez mais se difundem e debatem sobre o próprio fazer artístico em diferentes suportes para além do texto escrito. A investigação realizada constrói uma pesquisa predominantemente qualitativa, de caráter bibliográfico, que recorre às múltiplas línguas e linguagens utilizadas por essas comunidades para expressar o pensamento. O trabalho demonstra que os critérios hegemônicos do campo da arte têm sido questionados por artistas indígenas que tanto denunciam a exclusão histórica dos seus corpos nesse cenário quanto convidam o público ao deslocamento estético e à reflexão crítica. Assim, esta pesquisa contribui para ampliar as investigações no âmbito das artes indígenas contemporâneas e ressaltar a força do movimento de as próprias pessoas indígenas estarem reconstruindo imagens sobre os povos originários no Brasil por meio de diversas expressões artísticas.