[en] BOLEIRAS DO ATERRO: AN ETHNOGRAPHY ABOUT SOCCER, GENDER, SOCIABILITY AND LEARNING IN A PUBLIC PARK IN RIO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: LILIANE DE FATIMA DIAS MACEDO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66760&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66760&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66760
Resumo: [pt] Essa tese trata-se de uma etnografia realizada juntamente com um grupo de mulheres, as Boleiras do Aterro, que jogam futsal semanalmente em uma quadra pública localizada no Aterro do Flamengo. Em um diálogo entre Educação e Antropologia são levantadas questões sobre gênero, agência e sociabilidade. Para obtenção dos dados foi realizada a observação participante. O Aterro do Flamengo é considerado palco das peladas no Rio de Janeiro e é fator fundamental na dinâmica das Boleiras. A partir das observações foi possível descrever como se dão as interações das mulheres com esse espaço, entre elas mesmas e com os homens que participam dos jogos. Apesar de ser um agrupamento bem-organizado ele não é fixo. Semanalmente, acontecem associações e dissociações e o único fator recorrente é o acontecimento dos jogos, independentemente de quais sujeitos estejam presentes. A relação com os homens, os usos do espaço público, os churrascos, o grupo do WhatsApp e heterogeneidade desse grupo faz com que esse seja único. Utilizo da Teoria Ator-Rede (ANT) de Bruno Latour et al. (2012) para descrever como a realidade das Boleiras se descortina e como ocorrem as agências, buscando entendê-la como um efeito, uma consequência e não algo dado, pronto e estável. Utilizo, ainda, as contribuições de Lave e Wenger (1991) e Ingold (2020) para compreender como se dá o aprendizado desse esporte pelas jogadoras, onde a aprendizagem é considerada um aspecto inerente de toda prática social e educação se trata de uma prática de atenção, e não de transmissão. No Aterro do Flamengo essas mulheres constituem um modo próprio de aprendizagem desse esporte. Em uma relação em que o futebol é o elo e o parque o espaço que possibilita que a prática ocorra, elas incorporam o jogo e todas as relações implicadas em sua prática.