[pt] ESCRITA E LEITURA: A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE NA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: LEONARDO PINTO DE ALMEIDA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9563&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9563&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9563
Resumo: [pt] A presente tese analisa a experiência literária e sua relação com a produção de subjetividade na escrita e na leitura, considerando que a literatura é uma forma de resistência aos mecanismos de ordenação da linguagem intrínsecos ao seu uso dominante. Os mecanismos de captura tentam aprisionar as experiências totais do ler e do escrever através de construções de pensamento que congelam o fluxo da linguagem. Observamos a contraposição do fluxo e da retenção na dinâmica da linguagem. Assim sendo, pensamos a relação entre a experiência do escrever e o desaparecimento do escritor para contrapô-la à mitologia autoral. Já na experiência da leitura ocorrem a evanescência do leitor, o desmantelamento da obra e a morte do autor. Nestes termos, a leitura literária se caracterizaria pelo acolhimento, pelo entendimento e pela ignorância, em oposição a alguns modos de apreendê-la que partem da interpretação, da compreensão e da sapiência. Pensamos assim a ligação entre a experiência da literatura e os paradoxos da linguagem, já que em seu encontro com o désaeuvrement - a potência transgressiva da literatura - o sujeito é convidado a se constituir e a perecer ao mesmo tempo. Mostramos também que os mecanismos de captura surgem para sobrepujar estes paradoxos, restituindo as identidades perdidas e restringindo sentidos, através da dialetização dos elementos da experiência literária. Deste modo, observamos uma tensão entre a natureza fugidia da literatura, e os movimentos de unificação, sistematização e essencialização da obra empreendidos pela cultura, pelo mercado e pela crítica literária. No entanto, percebemos ainda a possibilidade de uma crítica libertadora que não silencia a ressonância da experiência da leitura com o excesso de compreensão.