[pt] O MÍSTICO E O MÁGICO COMO ELEMENTOS DE DENÚNCIA À TRAIÇÃO DOS IDEAIS DE AMÍLCAR CABRAL EM KIKIA MATCHO: O DESALENTO DO COMBATENTE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MANUELLA TEBET GONCALVES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66433&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66433&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66433
Resumo: [pt] A presente dissertação, intitulada O místico e o mágico como elementos de denúncia à traição dos ideais de Amílcar Cabral, em Kikia matcho: o desalento do combatente, apresenta como objetivo central examinar os elementos da tradição cultural guineense presentes neste romance do escritor Filinto de Barros, publicado pela primeira vez em 1997, como meios de denúncia ao abandono dos ideais da revolução defendidos por Amílcar Cabral, tais como o suicídio da pequena burguesia e a resistência cultural. A narrativa de Filinto de Barros trata da desilusão dos ex-combatentes como consequência da chegada do novo governo pós-independência, fruto de um golpe, que agravou as dificuldades econômicas e sociais sofridas pelo jovem estado-nação. A hipótese a ser trabalhada é a de que esse contexto político possui relação com as crenças locais, e que estas, por sua vez, funcionam como elementos de resistência ao denunciar a estrutura que levou ao desalento. Para discorrer sobre essa questão central, esta dissertação qualificará o que está chamando de místico e mágico, como as religiões e as crenças tradicionais, as superstições, as cerimônias e os rituais, que são, sobretudo, dados da realidade guineense e do autor Filinto de Barros.