[en] ANYTHING INTERMEDIATE: INTERTEXTUALITY IN THE WORK OF ADRIANA CALCANHOTTO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: FLAVIA IRIARTE TORTIMA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30040&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30040&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30040
Resumo: [pt] Essa pesquisa é o resultado de um estudo sobre a figura e a obra de Adriana Calcanhotto. Cantora, letrista e compositora brasileira, seu trabalho vem se caracterizando, sobretudo, por transitar nas fronteiras entre o erudito e o popular, a arte de vanguarda e a cultura de massa. Suas realizações vão desde musicar poemas de Carlos Drummond de Andrade, Waly Salomão, Antonio Cícero, Ferreira Gullar, Mário de Sá-Carneiro, Haroldo e Augusto de Campos e vestir os Parangolés de Hélio Oiticica (artistas relacionados à arte de vanguarda), até gravar canções relacionadas à tradição do kistch e do brega, consumidas em larga escala através dos meios de comunicação de massa. O movimento dessa artista nos faz pensar imediatamente na reflexão proposta por José Miguel Wisnik em seu conhecido ensaio A Gaia Ciência, em que o ensaísta e compositor defende a música popular brasileira enquanto espaço legítimo de construção de saber. Dessa forma, procuro pensar o trabalho de Adriana a partir dessa ótica, sinalizando esse espaço lúdico que a artista constrói, capaz de articular conhecimento e sensibilidades. Para tal, procuro analisar letras de canções, figurinos, cenários e repertórios de show, declarações dadas à imprensa etc. Em uma segunda etapa, reflito acerca do paradoxal processo (para o qual aponta Antoine Compagnon) de dessacralização da arte e fetichização do autor na modernidade, e que se acentua no cenário contemporâneo, em que o artista passa a atuar na construção de uma imagem (de uma persona artística), transformando o próprio corpo também em suporte artístico. Nesse cenário, atravessado permanentemente pela mídia e pela exposição, em que noções de público e privado, essência e aparência, se confundem, nublam-se também as fronteiras entre arte e vida.