[pt] O FUTURO ABERTO: JACOB BURCKHARDT, G.W. F. HEGEL E O PROBLEMA DA CONTINUIDADE HISTÓRICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: JANAINA PEREIRA DE OLIVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10108&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10108&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10108
Resumo: [pt] A modernidade tem na noção de contingência um de seus atributos mais marcantes. Isso significa que, na era moderna, vacilam os modos tradicionais de atribuição de sentido às coisas do mundo. É possível afirmar que tal situação ocorre em virtude, principalmente, da alteração que a idéia de progresso promove nas formas de apreensão da temporalidade histórica. O progresso, enquanto qualidade de aperfeiçoamento ilimitado do homem, afasta ao infinito o horizonte teológico que, até então, determinava o futuro. Assim, na modernidade, o futuro se torna aberto à indeterminação, situação que se traduz no rompimento dos elos que mantinham unidos passado, presente e futuro, tal como se pode perceber na perda de validade do tradicional topos Historia Magistra Vitae. Para o historiador Reinhart Koselleck, este momento, que equivale ao descompasso definitivo entre as categorias espaço de experiência e horizonte de expectativa, tem na Revolução Francesa seu apogeu. A partir da Revolução o homem moderno se vê forçado a buscar um elenco alternativo de explicações para os acontecimentos, capaz de lidar com a aceleração do tempo, com a transitoriedade instalada em um presente cada vez mais fugaz, com a contingência. A tese toma o problema da continuidade histórica como ponto de partida para refletir sobre os modos pelos quais, no período pós-revolucionário, passou-se a estabelecer a relação entre futuro, presente e passado, considerando o atributo da contingência que permeia a vida moderna. Para tanto, elegemos como objetos de análise e comparação duas perspectivas sobre a história: aquela elaborada por Jacob Burckhardt em sua historiografia da cultura; e aquela formulada por G.W.F Hegel em sua filosofia da história.