[pt] O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROGRAMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR À SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BARBARA FIGUEIREDO SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45889&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45889&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45889
Resumo: [pt] Esta pesquisa apresenta como proposta a análise do trabalho do assistente social numa modalidade de atenção à saúde pouco problematizada pela profissão: a Atenção Domiciliar. No processo da pesquisa, buscou-se refletir sobre a categoria trabalho e as suas especificidades no modo de produção capitalista, bem como, suas transformações e conjuntura atual no cenário brasileiro. Algumas perguntas norteiam os nossos estudos, sobretudo, a indagação sobre o trabalho do assistente social na política de Saúde e o seu papel na modalidade de atenção aqui analisada. As particularidades do trabalho e a compreensão da relação da situação atual da política de saúde no município do Rio de Janeiro com a dinâmica societária mais ampla trazem elementos importantes para entender as incidências no modo de vida e de trabalho cotidiano do assistente social na Atenção Domiciliar à Saúde. Nesse contexto, identificamos dois aspectos principais: o primeiro deles é o fato do atendimento ser realizado no domicílio - que é um espaço particular, íntimo do usuário e sua família, onde os profissionais vão encontrar diversos modos de vidas, histórias e hábitos. Isso significa que para o trabalho na Atenção Domiciliar é indispensável se despir de visões preconceituosas, para não conduzir o trabalho para um viés conservador. O segundo aspecto diz respeito aos cuidados serem feitos a partir de orientações à família, o que antes acontecia no ambiente hospitalar e por profissionais de saúde, agora acontece sob responsabilidade da família. A figura feminina assume centralidade nesse tipo de modalidade de atenção à saúde e para além das tarefas domésticas assumidas pelas mulheres nos seus domicílios por conta das diferenças de gênero reproduzidas em nossa sociedade patriarcal, a mulher assume também a função de cuidadora. Dessa maneira, existe um movimento que consideramos contraditório: se por um lado, o retorno para casa é significante para a qualidade de vida dos usuários e sua família, por outro pode trazer uma sobrecarga de responsabilidade de cuidados de saúde e domésticos imensuráveis para àqueles que aderem a esse tipo de programa. Para o trabalho do assistente social tais ponderações são fundamentais, já que pode ser um espaço em potencial na contribuição profissional para a garantia de direitos e melhoria da qualidade de vida da população, como também pode ser um solo produtivo para armadilhas conservadoras.