[es] LA LABOR DE LOS TRABAJADORES SOCIALES QUE TRABAJAN EN LA POLÍTICA PÚBLICA DE ASISTENCIA SOCIAL: PARTICULARIDADES DE LAS FAVELAS DE ROLLAS Y ANTARES EN EL MUNICIPIO DE RIO DE JANEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CARLA CRISTINA MARINHO PIVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67195&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67195&idi=2
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67195&idi=4
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67195
Resumo: [pt] Esta tese analisa o trabalho das assistentes sociais que atuam na Política Pública de Assistência Social nas favelas de Rollas e Antares, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo geral analisar como se configura o trabalho, buscando identificar a organização dos processos de trabalho dessa categoria de profissionais. A pesquisa é um estudo qualitativo realizado por meio de análise documental e bibliográfica, com entrevistas semiestruturadas para assistentes sociais da gestão da PSB, PSE de Média Complexidade, CAS, CRAS e CREAS da SMAS/RJ. As favelas como processo social-econômico do capitalismo, as formas pelas quais o Estado intervém nas conformações dos territórios desiguais, o desenho da gestão municipal nas relações com a classe de assistentes sociais e as reflexões sobre alguns aspectos da sociabilidade das favelas de Rollas e Antares constituíram bases centrais para as reflexões. O Estado e os grupos milicianos compõem uma dupla regência no que concerne ao poder e ao controle, estabelecendo regras para esses territórios. Ao adentrar o tema da violência urbana e suas distintas expressões no Rio de Janeiro, constata-se que o fenômeno dos conflitos armados materializa-se pelas relações de disputas entre diferentes atores. A partir da análise do capitalismo de desenvolvimento desigual e combinado, o Estado e a formação do espaço urbano na cidade, discute-se o trabalho profissional nos cenários da violência. O estudo demonstrou que o trabalho das assistentes sociais está circunscrito a um modelo de gestão pautado em reedições de acordos de resultados que se configuram como um jogo da gestão municipal. No que concerne às formas de interferências dos conflitos armados, as trabalhadoras respondem a esses episódios, por meio de estratégias que transitam desde comunicações internas com a gestão até a interface com as unidades públicas da saúde que utilizam um protocolo formal. Revelou, ainda, que, em geral, essas profissionais estão distanciadas da participação em organizações políticas como movimentos sindicais, sociais, partidos e das entidades de representação da categoria como o CRESS e o CFESS. Entre o medo que impõe silêncio e as metas circunscritas na tríade da organização dos processos de trabalho, as relações e as experiências com os conflitos armados, evidencia-se um amalgamado entre atribuições, competências profissionais e sofrimento. As favelas cariocas, consideradas como consequência do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo, conformam-se nas cidades em territórios hierarquizados, intrínsecos à desigualdade própria do modo de produção capitalista. A ampliação do poder dos grupos que controlam esses territórios e disputas entre o Estado, suscita problematizar o trabalho profissional possível nas relações sociais de produção vigentes no cotidiano das favelas.