[pt] DESIGUALDADE ENTRE RAÇAS E GÊNEROS NO BRASIL: UMA ANÁLISE COM SIMULAÇÕES CONTRA-FACTUAIS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: ANNA RISI VIANNA CRESPO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4076&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4076&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.4076
Resumo: [pt] Esta dissertação tem como objetivo decompor a desigualdade de rendimentos entre raças e gêneros, em montantes explicáveis pelas escolhas educacional e ocupacional e pela discriminação. Foi utilizada uma metodologia micro- econométrica de simulações contra-factuais, conforme Bourguignon, Ferreira e Lustig (1998), com os dados da PNAD de 1996, incluindo no modelo rendimento mensal, educação, posição na ocupação, entre outras variáveis. Através deste procedimento conseguiu-se atribuir um alto poder explicativo do termo de discriminação, principalmente no caso das mulheres, em que foi computado mais de 100%. Para entender a diferença entre negros e brancos também pode-se recorrer, parcialmente, à desigualdade nas escolhas educacionais, e menos à desigualdade ocupacional. Tendo computado simultaneamente a desigualdade por raça e gênero, nota-se o efeito do gênero sobrepor-se, implicando na perda de poder explicativo da ocupação para o termo de discriminação. Ressalta-se que para homens e mulheres negros a educação dos pais pode ser um importante determinante da desigualdade nos rendimentos. Conclui-se que as políticas sociais voltadas para o combate das desigualdades de rendimentos devem focalizar-se na educação e na transmissão intergeracional, além de procurar medidas que minimizem a diferenciação na remuneração das características. Recomenda-se ainda uma análise temporal, bem como um estudo mais aprofundado sobre os efeitos da educação dos pais.