[pt] ESCREVER UMA BALEIA, DESENHAR UM CAMPO EM BRANCO: O DIÁLOGO REINVENTADO ENTRE LITERATURA, QUADRINHOS E MERCADO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: NATALIA FRANCIS DE ANDRADE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29519&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29519&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29519
Resumo: [pt] Enquanto muitas histórias em quadrinhos foram e são produzidas em escala industrial ou sem grandes pretensões de se perpetuarem, estas convivem, hoje,com outros tipos de iniciativa. Na contramão do que tem acontecido com aquilo que tradicionalmente se convencionou como literário, é no deslocamento cada vez mais frequente para o formato livro que as práticas dos quadrinhos têm se reinventado, especialmente em narrativas mais longas e voltadas ao público adulto. Esta dissertação toma como objeto as HQs Cachalote e Campo em Branco. Frutos de parcerias entre escritores e quadrinistas, elas foram produzidas pela RT Features e editadas pelo selo Quadrinhos na Cia., da Companhia das Letras. Partindo da análise das especificidades de produção e criação dessas obras, busca-se compreender o surgimento de novas nuances tanto nas relações entre o verbal e o visual quanto nas relações entre o literário, o editorial e o midiático. Problematiza-se, também, quais terminologias são mais adequadas a esses objetos e de que forma elas podem ou não aludir a antigas questões de hierarquias entre produtos culturais. Questiona-se que sentidos ganha, em plena era digital, marcada pela onipresença de imagens, o gesto de optar por contar histórias que recorrem ao manual e ao traço estilizado. Investiga-se a dinâmica horizontal de criação a quatro mãos e o empenho conjunto dos autores para evitar a mera repetição do sucesso das gerações anteriores, seja no campo da literatura, seja no campo dos gêneros gráficos. E, enfim, para expandirem os limites do diálogo natural entre estas duas linguagens.