[pt] MECANISMOS EM ESCALA DE POROS DE DESLOCAMENTO DE ÓLEO POR INJEÇÃO DE EMULSÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CLARICE DE AMORIM
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68648&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68648&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68648
Resumo: [pt] A injeção de água é o método mais utilizado para estender a vida produtiva de reservatórios de petróleo. No entanto, sua eficiência é limitada pela relação de mobilidade desfavorável entre a fase aquosa injetada e a fase oleosa deslocada. A heterogeneidade das formações agrava essa questão, direcionando a água através de caminhos preferenciais, resultando na retenção de óleo residual. Estudos recentes propõem emulsões de óleo-em-água como agentes de bloqueio para reduzir a mobilidade da fase aquosa. A redução da mobilidade associada à captura de gotas da fase dispersa leva a uma frente de deslocamento mais uniforme, aumentando a recuperação de óleo. Apesar dos avanços recentes na injeção de emulsões como método de recuperação avançada de petróleo (EOR), aspectos fundamentais do escoamento de emulsões óleo-em-água a nível microscópico e sua relação com a redução macroscópica na mobilidade da fase aquosa ainda necessitam de maior compreensão. Este estudo explora fatores que influenciam a eficácia de um processo de injeção de emulsão, incluindo o tamanho das gotas, a distribuição das gargantas de poros e a vazão de injeção, que influenciam diretamente na redução da mobilidade. Micromodelos bidimensionais foram empregados para visualizar a dinâmica de retenção e liberação de gotas, relacionando fenômenos em escala de poros à mobilidade da fase aquosa. Duas geometrias foram projetadas para este propósito. O micromodelo linear assegura um gradiente de pressão e uma velocidade constante ao longo de seu comprimento, enquanto a configuração radial avalia o desempenho da injeção de emulsão sob diferentes números de capilaridade. Nesta última configuração, a área de fluxo aumenta com o raio, reduzindo a velocidade do escoamento à medida que o fluido se afasta do ponto de injeção. Os resultados mostram que a redução da mobilidade pode ser controlada pelo número de capilaridade e pela distribuição do tamanho de gotas. Em números de capilaridade suficientemente altos, a diferença de pressão na maioria das gargantas de poro supera a pressão capilar, empurrando as gotas através das constrições. Nestes casos, a retenção de gotas é baixa e a redução da mobilidade é fraca. Por outro lado, em números de capilaridade baixos, a retenção de gotas é alta, causando uma redução significativa na mobilidade da fase aquosa, que é fortemente dependente da distribuição do tamanho de gotas. Além disso, no fluxo radial, o bloqueio de poros ocorre abaixo de um número de capilaridade crítico, onde a força capilar supera a pressão viscosa. O trabalho demonstra que a injeção de emulsão melhora a eficiência de deslocamento a nível microscópico, reduzindo a saturação residual de óleo. Os resultados podem orientar a seleção de características específicas de emulsões a serem injetadas em reservatórios com distribuições conhecidas de gargantas de poros, visando alcançar a necessária redução na mobilidade da fase aquosa e, consequentemente, incrementar a recuperação de óleo.