[pt] O INACESSÍVEL À FALA: ASPECTOS CLÍNICOS E ETOLÓGICOS DA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL EM PSICANÁLISE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: JULIA BRAGA DO PATROCINIO FERNANDES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53165&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53165&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53165
Resumo: [pt] O presente trabalho tem como objetivo investigar os modos não verbais de comunicação presentes na dinâmica clínica, pelas perspectivas da psicanálise relacional e da etologia. Inicialmente apresentaremos possíveis interlocuções entre a psicanálise e a etologia, através de conceitos que se mostram intercambiáveis e frutíferos para ambas as ciências. Em seguida, resgataremos o viés biológico trazido por Freud em suas primeiras construções teóricas a partir das investigações sobre a neurose. Elas desembocam nos dilemas trazidos pelo conceito de pulsão e no papel da representação na metapsicologia freudiana. Em um terceiro momento, nos aprofundaremos sobre a psicanálise relacional e a teoria do apego, de onde extraímos importantes considerações sobre os aspectos primitivos da constituição psíquica e da comunicação não verbal. A dimensão sensorial da experiência e os processos intersubjetivos serão abordados como fatores essenciais no desenvolvimento do indivíduo. Por fim, dedicaremos especial atenção ao manejo da esfera não verbal no contexto clínico. Através de uma leitura eto-psicanalítica dos sofrimentos emocionais primitivos, destacaremos os fenômenos sensoriais que se apresentam em determinados quadros psicopatológicos. Discutiremos as adaptações filogenéticas adquiridas ao longo do processo evolutivo, que trazem um novo olhar sobre os processos de comunicação mediados pelo corpo e auxiliam o analista na compreensão das marcas sensoriais deixadas pelo trauma precoce. Defenderemos a hipótese de que há em todo sujeito um núcleo inacessível à fala, que aparece como material clínico principalmente na análise de pacientes graves, onde o comprometimento psíquico encontra-se em níveis mais profundos da personalidade.