[pt] AS REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS DE UNIVERSOS FANTÁSTICOS: A GEOGRAFIA DO IMAGINÁRIO DA TERRA-MÉDIA DE J. R. R. TOLKIEN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: RAFAEL DA SILVA NUNES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50996&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50996&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50996
Resumo: [pt] A Cartografia propicia, através de seus produtos, o estabelecimento de uma capacidade reflexiva sobre a dimensão espacial de um dado recorte. Corrobora para que diversas análises espaciais sejam elaboradas retratando processos, fenômenos e padrões da superfície terrestre. Apesar desta capacidade, ao longo do tempo, a ciência cartográfica foi submetida à primazia do positivismo lógico, desconsiderando aspectos imateriais e que transcendem aquilo que é observável, desvalorizando a dimensão do imaginário e das realidades passíveis de serem representadas, relegando-as à condição de devaneio e de irrealidade. Contrariamente, esta perspectiva assume centralidade quando dialogada com a arte. Como exemplo cita-se a literatura fantástica, que opera na relação direta entre a ficção e a realidade, fazendo-se utilizar, em muitos casos, de mapas (entre outras representações) visando à espacialização dos universos onde as narrativas se desenrolam. A cartografia subsidia e é subsidiada pelo imaginário, promovendo a representação espacial destes universos imateriais. Assim, buscar-se-á entender como a Cartografia Fantástica representada no universo imaginado de J. R. R. Tolkien contribui para a compreensão das relações geográficas existentes no imaginário do autor. Para tal fim, torna-se necessário que se visitem as fundações criacionais do universo imaginado, percorrendo-se por significados e simbolismos expressos a partir de acontecimentos vivenciados e que perfazem a construção de paisagens fantásticas. Como consequência, tomam-se rebatimentos interpretativos que alçam a realidade dada a múltiplas possibilidades. A cartografação e a construção de uma ardo grafia são fruto deste mesmo processo. Estabelece-se como resultante de interpretações forjadas a partir da recepção, decodificação e transformação das informações transmitidas por Tolkien e que são moldadas a partir de um background histórico, cultural e cognitivo daquele que a concebe.