[pt] AUTONOMIA, AUTORIDADE E INDIVIDUALISMO: O MITO DA AUTORIA NO CAMPO DO DESIGN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: PAULO VIEIRA DA SILVA MAGALHAES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48532&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=48532&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48532
Resumo: [pt] Nesta dissertação examina-se a autoria no Campo do Design. Argumenta-se que a noção de autoria adotada hegemonicamente pelo campo é carismática. É dizer, os pares do campo defendem a existência de um dom extraordinário e obscuro concedido para alguém que servirá para o bem do seu grupo social, enxerga o designer autor como aquele agente que, através da inovação e da criatividade, constrói seus objetos e/ou imagens de modo autoritário, autônomo e individual, sem nenhuma interferência externa. Considera-se que esta visão advém do Campo da Arte, visto que o Campo do Design herdou muitas noções do Campo da Arte, e que ainda existe uma incerteza sobre o que pertence a um campo e o que pertence ao outro. Ademais, percebe-se que os agentes de legitimação do Campo do Design por muitas vezes não consideram o modo de produção vigente, o capitalismo, e que neste modo de produção o que se produz são mercadorias - estas projetadas pelo Campo do Design - que não possuem apenas valor de uso, mas principalmente valor de troca simbólica. Assim, se estuda as transformações históricas que ocorreram no Campo da Arte no que diz respeito à autoria para entender como as noções que permeiam o Campo da Arte foram herdadas pelo Campo do Design e como estas noções foram se transformando e se reproduzindo ao longo do período moderno, de forma a fazer uma crítica a tais noções, que se julga aqui serem passadistas. Assim sendo, se propõe que o designer como autor é uma forma de produzir capital simbólico no Campo do Design, e que a promessa de autoria promovida nas escolas de design produz alienação, e que tal alienação não condiz com a necessidade social.