[pt] DAVID HUME E A SIMPATIA: EM BUSCA DE UMA ÉTICA NÃO ANTROPOCÊNTRICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LUCAS BATISTA DA SILVA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28328&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28328&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.28328
Resumo: [pt] A crise ecológica que enfrentamos hoje nos alerta sobre o perigo que corremos se continuarmos a abusar da natureza explorando-a como fonte inesgotável de matérias primas para os inventos do homem. Como se não bastasse a degradação de boa parte de seus ecossistemas, o uso pelas indústrias farmacêuticas e alimentícias representa uma das principais fontes de exploração desenfreada daqueles que são classificados como carentes de razão, afeto ou vontade. Neste sentido, a busca por uma ética mais ecocêntrica se faz necessária. Para pensar uma ética que abarcasse a relação dos homens com os animais é que recorremos aqui ao conceito de simpatia, elaborado pelo filósofo empirista britânico David Hume. Este conceito é elaborado como um princípio de distinção moral entre os homens, mas está presente também nas operações mentais dos animais entre si. Queremos defender que o conceito de simpatia, como um mecanismo de comunicação de sentimentos entre os humanos e entre os animais, pode ser estendido para a relação entre homens e animais, e assim contribuir para o desenvolvimento da conduta humana em relação ao bem-estar destes seres, principalmente nas produções de escala industrial. Para isso, tomaremos como exemplo a perspectiva daqueles que criam e trabalham com os animais, servindonos da análise de Vinciane Despret e Jocelyne Porcher no livro Être Bête. Aspiramos, ainda, apresentar uma crítica à zootecnia como ciência que mecanizou os animais e os isolou dos homens, transformando-os em produtos e distorcendo o conceito de bem-estar, o qual buscaremos averiguar.