Competência Adaptativa: Influência da Autodeterminação e da Liderança Transformacional
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4240 |
Resumo: | No contexto atual do mundo do trabalho, caracterizado pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, é essencial para o trabalhador ter competência adaptativa, demonstrando capacidade de desenvolver novos conhecimentos e habilidades a partir dos que já domina, obtendo resultados eficientes com alta performance em situações novas e desconhecidas. Não obstante, o papel do líder e da autodeterminação do liderado são fundamentais para que a competência adaptativa seja operacionazada no ambiente de trabalho. O líder pode estimular ou minar a adaptabilidade do trabalhador frente aos desafios em situações inaugurais. Neste processo, o trabalhador autodeterminado agirá com maior controle sobre suas competências e mais resiliente em relação ao contexto. Assim é que o modelo recursos e demandas do trabalho (RDT, job demands-resources, JD-R) e a teoria da autodeterminação (self-determination theory, SDT) são as bases teóricas para o entendimento da relação estabelecida entre competência adaptativa e autodeterminação, como recursos pessoais, e a liderança transformacional, como um recurso do trabalho. O estudo teve como objetivo analisar o papel da liderança transformacional na competência adaptativa e, ao mesmo tempo, testar o papel mediador da autodeterminação. Neste estudo, a autodeterminação é operacionalizada por meio da satisfação das necessidades psicológicas de autonomia, de pertencimento, de competência e de realização. Para atender a estes objetivos foram realizados quatro estudos. No primeiro estudo, foi realizada uma revisão sistemática da literatura no período de 2008 a 2018 com o objetivo de analisar a evolução do conceito de competência adaptativa, relacionar métodos e instrumentos de medição e avaliação, assim como os seus antecedentes e consequentes. A análise realizada nos 36 artigos selecionados para este estudo permitiu mapear o conceito competência adaptativa estabelecido por diferentes autores e sistematizar um conceito amplo e integrado. O segundo estudo, realizou-se a busca de evidências de validade de um inventário de competência adaptativa (ICA) adaptado a partir de medidas utilizadas na literatura de modo a oferecer aos trabalhadores brasileiros um instrumento de diagnóstico sobre a temática. A pesquisa empírica foi realizada com 383 trabalhadores brasileiros, de vários ramos de atividade. A análise dos resultados confirma a estrutura de quatro fatores que foi hipotetizada teoricamente, apresentando bons índices psicométricos. O terceiro estudo, teve como objetivo analisar o papel da liderança transformacional na competência adaptativa e, ao mesmo tempo, testar o papel mediador da autodeterminação nessa relação por meio da satisfação das necessidades psicológicas de autonomia, de pertencimento, de competência e de realização. Foi realizada uma pesquisa com 383 trabalhadores brasileiros. A pesquisa avança no modelo de RDT confirmando a importância do recurso do trabalho e pessoais ao mesmo tempo em que contribui com a evidência da ampliação nas dimensões da teoria da autodeterminação. Os resultados evidenciam o poder de explicação do modelo proposto, ao possibilitar a compreensão de que o líder transformacional tem impacto positivo na competência adaptativa e na autodeterminação do trabalhador. Para além disso, trabalhadores que tem alta satisfação das necessidades psicológicas de autonomia, pertencimento, competência e realização são capazes de se autodeterminar frente ao contexto do trabalho e de agir com competência adaptativa. O quarto estudo teve como objetivo analisar os efeitos da liderança transformacional e sobre a competência adaptativa considerando um lapso temporal de sete meses. Para tanto, a coleta com 136 trabalhadores foi realizada em dois tempos como forma de minimizar o viés do método inerente aos estudos autorrelatados. As análises confirmaram o poder de influência da liderança transformacional na competência adaptativa e na autodeterminação. Este estudo avança na teoria da autodeterminação ao evidenciar o efeito positivo da satisfação das necessidades psicológicas básicas na competência adaptativa, ao mesmo tempo em que evidencia o poder mediacional da autodeterminação na relação entre liderança transformacional e competência adaptativa. Ao final desta tese, foi possível compreender melhor a influência dos recursos do trabalho e dos recursos pessoais no comportamento do trabalhador brasileiro frente ao contexto atual do trabalho. De tal modo, competência adaptativa, autodeterminação e liderança transformacional têm em comum a percepção de um trabalhador mais complexo, com capacidade de se autorregular e de desenvolver novas competências. |