Crença no mundo justo, AIDS e câncer de pulmão: orientação sexual e responsabilização individual.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Faria, Margareth Regina Gomes Veríssimo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1963
Resumo: O objetivo principal deste trabalho foi investigar o preconceito contra homossexuais portadores do HIV/AIDS, analisando o papel moderador da Crença no Mundo Justo (CMJ) nesse fenômeno. Três hipóteses foram testadas: a) a responsabilização pela contaminação seria maior para os homossexuais do que para os heterossexuais; b) a responsabilização seria maior para a condição do HIV/AIDS do que para o câncer de pulmão e c) os participantes com alta adesão à CMJ responsabilizariam mais o homossexual portador do HIV/AIDS. Para testar essas hipóteses, 171 estudantes de Psicologia responderam um questionário nos quais, além da escala da CMJ, havia um pequeno trecho de uma entrevista no qual um homem relatava ter uma doença. Para metade dos participantes ele era homossexual e para a outra metade, heterossexual; além disso, foi manipulado também o tipo de doença: para metade ele era portador do HIV/AIDS e para a outra metade, ele tinha câncer de pulmão. Os resultados da regressão múltipla mostram que os efeitos isolados da orientação sexual e da CMJ não foram significativos. Apenas o efeito isolado do tipo da doença foi significativo, mostrando que, de uma maneira geral os portadores do HIV/AIDS foram mais responsabilizados pela própria contaminação. Os resultados mostram que a CMJ tem um papel moderador na responsabilização, assim, os participantes com alta CMJ responsabilizaram mais os homossexuais portadores do HIV/AIDS. No entanto, no caso da baixa CMJ, os participantes responsabilizaram mais os heterossexuais portadores do HIV/AIDS. Esses resultados são discutidos à luz da teoria de racismo aversivo de Gaertner e Dovídio (1986), ressaltando-se a importância da inclusão do preconceito contra homossexuais na agenda de investigações dos psicólogos sociais.