AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA: CASO DA UFG.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Lenice Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/730
Resumo: O objetivo desta pesquisa, que tem como instrumento de investigação o estudo de caso, é analisar o papel das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na formação proporcionada pelo Curso Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás (UFG). A metodologia empregada consistiu de uma pesquisa documental e de coleta de dados, realizada por meio de entrevistas individuais (áudio-gravadas), da aplicação de questionário semiestruturado, com o coordenador e professores formadores que atuam em tempo integral no curso, e de evidências surgidas durante a pesquisa. Esta análise foi feita á luz da Teoria da Atividade (Leontiev) e da socioconstrução do conhecimento (Vygotsky). Este curso tem duração de cinco anos, dois deles destinados à formação básica, comum a todos os estudantes, e três anos de formação específica em uma das três áreas do conhecimento: Ciências da Linguagem, Ciências da Natureza ou Ciências da Cultura. Os estudantes do curso são indígenas da região Araguaia-Tocantins, a maioria deles professores em escolas de suas aldeias. A análise dos dados coletados e dos que emergiram durante o processo da pesquisa, permitiram compreender a formação para o uso pedagógico das TIC por meio das ações de ensino desenvolvidas e do contexto em que elas se estabelecem. Esta formação não ocorre de forma linear, em virtude da heterogeneidade com que ocorre o acesso às tecnologias nas comunidades indígenas às quais os alunos pertencem; pois algumas delas têm acesso à Internet de alta velocidade, já em outras, não existe energia elétrica. Contudo, nas aldeias em que o acesso à Internet é possível, há um acesso frequente das redes sociais e de outros recursos da Web 2.0, principalmente quando os estudantes não estão em Goiânia, nem os professores formadores estão em terras indígenas. A construção social do conhecimento, feita a partir dos conhecimentos tradicionais e universais, ocorre de forma negociada e dialógica, com uso das tecnologias na mediação destes conhecimentos e na ambientação dos espaços sociais de aprendizagem utilizados, criando um contexto favorável à aprendizagem dos estudantes indígenas. Constatou-se que a inserção das TIC no processo formativo implica na inclusão destes recursos como objeto de conhecimento e como ferramenta didática e criam as bases para que o professor indígena possa se apropriar destas tecnologias e usá-las em diferentes contextos na atividade educativa. Estas tecnologias contribuem para a inclusão digital e social das comunidades indígenas às quais os alunos pertencem, pois facilitam a divulgação da cultura destes povos e possibilita que eles estreitem suas relações com o mundo fora de suas aldeias.