Romaria de Nossa Senhora da Abadia da Água Suja
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/815 |
Resumo: | Esta dissertação é de natureza analítica. Trata-se de uma pesquisa sobre o fenômeno religioso da romaria de N. Sra. da Abadia de Água Suja,festa que ocorre em Minas Gerais. O estudo se mostra relevante, uma vez que, embora haja um declínio da participação dos fiéis católicos nas missas e nos rituais sacramentais, existe cada dia mais um crescente número de fiéis peregrinos neste tipo de religiosidade popular. O objetivo principal do trabalho é refletir sobre o romeiro, ainda do século XXI, seu perfil e sua motivação, que construiu essa devoção no Triângulo Mineiro e a história desse fato religioso. A hipótese de trabalho é a de que o vínculo existente entre o devoto e a Santa pode ser entendido como dom ou dádiva, categoria principal usada aqui para interpretar o estudo. Esta categoria é emprestada pela antropologia, mais precisamente por Mauss (1924). Existem, analisando a prática dos devotos, três elementos que compõem o processo desta devoção: o fiel recebe algo de seu protetor, uma graça, que pode ser proveniente da facilitação na obtenção de um bem material, passando pela saúde corporal e até mesmo espiritual; reconhecida e aceita por parte do devoto esta graça, ele se sente na obrigação de retribuir ao seu Santo protetor algo para demonstrar sua gratidão. A técnica empregada para a obtenção de dados é uma bibliografia específica que historia as origens dessa piedade popular nascida em Portugal, transportada para Minas Gerais, que perdura e cresce até hoje, aliada à observação de campo e entrevistas com os romeiros em dois anos sucessivos: entre agosto de 2003 e agosto de 2004. A principal conclusão que a dissertação chegou é a de constatar que não só as romarias, piedades eminentemente populares, podem ser caracterizadas como dom, mas, no campo religioso brasileiro, todas as manifestações religiosas do povo podem ser categorizadas como dom. |