VIVÊNCIAS DOS GESTORES DE UMA IES PRIVADA EM RELAÇÃO AO SEU TRABALHO: INTERVENÇÃO EM CLÍNICA PSICODINÂMICA DO TRABALHO
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1806 |
Resumo: | O presente estudo é resultado de uma pesquisa realizada em uma Instituição de Educação Superior Privada. O que motivou a realização deste estudo, especificamente, a atuação dos gestores no que tange aos estudos da clínica psicodinâmica do trabalho, decorre da necessidade de se estudar a subjetividade do trabalhador . Trata-se de um estudo de caso de caráter descritivo e exploratório, baseado nos estudos da clinica psicodinâmica do trabalho. O objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar as vivências subjetivas dos gestores de uma IES privada em relação ao seu trabalho. Os objetivos específicos consistiu em: levantar informações sobre as funções de gestão na instituição de educação superior; conhecer a organização do trabalho; analisar as condições de trabalho; analisar as relações de trabalho; analisar as vivências de prazer e sofrimento relacionadas ao trabalho como gestores; analisar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos gestores para lidar com o sofrimento advindo do trabalho. Assim, o problema desta pesquisa buscou analisar quais as vivências dos gestores de uma IES privada, em relação ao seu trabalho. Para a coleta de dados foram realizadas seis reuniões de discussão coletiva, tendo como suporte para a pesquisa as categorias apresentadas por Dejours: a primeira grande categoria aborda a organização do trabalho; as relações de trabalho e as condições de trabalho; a segunda grande categoria estuda a mobilização subjetiva e a terceira grande categoria que contempla o sofrimento, as defesas e patologias. Participaram desta pesquisa seis gestores que atuavam no mesmo nível hierárquico. A técnica para análise dos dados foi a análise categorial temática. Após a transcrição dos dados, foram feitas as análises de freqüência de aparição dos elementos do texto e a realização da análise da relação entre as categorias estudadas. Os dados indicam que a organização do trabalho é caracterizada por existência de regras e normas da organização; hierarquização de trabalho, ausência de benefícios diretos, rigidez de horário de trabalho, imposição de uma estrutura hierarquizada e verticalizada, extrema falta de autonomia, falta de reconhecimento e subordinação à chefia e a sobrecarga de trabalho. Há a predominância de vivências de sofrimento decorrentes da organização do trabalho. Porém, referente as vivências de prazer, os gestores consideram as relações de trabalho com os pares que por sua vez são mantidas de forma amigável, favorecendo os relacionamentos sócio-profissionais; assim como a satisfação, o orgulho e o sentido no trabalho. A mobilização subjetiva, possibilita o trabalhador ter prazer e estratégias que fazem com que o real aconteça. Algumas defesas coletivas de enfrentarem as dificuldades referentes ao trabalho foram analisadas, bem como os danos físicos e psicossociais que possibilitaram sentirem sintomas físicos decorrentes das situações de trabalho e assim poder interferir na vida social e familiar. As estratégias de enfrentamento utilizadas indicam a negação e/ou a racionalização do trabalho em forma de: conformismo, submissão e/ou aceitação, especialmente com relação à organização e as condições de trabalho. |