A construção e a transformação da paisagem de Campinas: de cidade a bairro de Goiânia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lopes, Rosângela Deolinda Ribas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Gestão e Negócios::Curso de Ciências Econômicas
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Desenvolvimento e Planejamento Territorial
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4187
Resumo: Esta pesquisa visa compreender a paisagem de Campinas, arraial fundado em 1810 e transformado em bairro de Goiânia em 1935, e que, por isso, carrega a história peculiar de ter sido cidade antes de se tornar bairro. Como o estudo da paisagem se deu em um contexto histórico-social, a pesquisa adotou como base teórica na geografia cultural e humana, que estuda a paisagem pela ação do homem no espaço. Buscou compreender os conceitos da paisagem e traçar a trajetória histórica da construção de Campinas desde a sua fundação, em 1810, até 1980. Para tanto, foram reunidos documentos, recortes de jornais, mapas, decretos, fotos, pesquisados no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, Biblioteca Estadual de Goiás Escritor Pio Vargas, Museu da Imagem e do Som de Goiás, além do Centro de Documentação e Biblioteca da Secretaria Municipal de Planejamento, fotos dos arquivos de Hélio de Oliveira e apontamentos da Igreja, dos escritores viajantes do século XIX, e relatos de escritores campineiros, que apontaram os principais marcos históricos construtores da paisagem e também quando, por eles, se inicia a compressão da construção dessa paisagem de Campinas. Também foram feitos levantamentos de campo mediante leituras da paisagem atual do bairro para comparação entre a história e a atualidade. O trabalho se efetiva em dois recortes temporais: o primeiro sobre a “História da construção da paisagem urbana do arraial de Campinas” (1810-1935), que observou as transformações da paisagem quanto ao seu aspecto material, isto é, pelas edificações, e quanto ao seu aspecto imaterial, destacando a construção do acúmulo cultural de hábitos e costumes do cotidiano, que construíram e constroem o jeito de ser do campineiro. Distinguiu o importante papel da Igreja, dos padres e freiras alemães, respectivamente redentoristas e franciscanas, antes e depois de o arraial se tornar cidade em 1907; o segundo recorte diz da “Construção da paisagem de Campinas como bairro de Goiânia” (1935 a 1980), atentando, sobretudo, para as transformações que ocorreram na paisagem a partir de 1935, época em que o território campinense foi escolhido para a construção da nova capital do Estado de Goiás e que a cidade de Campinas se tornou bairro de Goiânia. Nesse movimento, aparecem muitas alterações físicas na paisagem, como as edificações construídas sob a influência do art déco usado em Goiânia e, durante o processo de construção da nova capital, a chegada a Campinas de um grande contingente de imigrantes estrangeiros e brasileiros de outros estados que, oportunamente, aproveitaram a carência de materiais ocasionada pela demanda da construção e se estabeleceram no comércio, que já era da vocação do campineiro. Por essa composição, a atividade ganhou força e se expandiu, culminando na metamorfose da paisagem pela atração de muitas outras lojas comerciais para o seu espaço. Em 1980, a configuração de sua paisagem se consolida e se apresenta como nos dias de hoje, embora dicotômica entre a paisagem da memória dos antigos moradores e a paisagem atual, numa configuração problemática e conturbada.