Desenvolvimento regional local, territorialidade e desterritorialidade: caso do garimpo de esmeraldas em Santa Terezinha de Goiás e Campos Verdes - Goiás
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Gestão e Negócios::Curso de Ciências Econômicas Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Desenvolvimento e Planejamento Territorial |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4583 |
Resumo: | Objetivou-se neste estudo analisar a relação entre territorialidade, desterritorialidade, reterritorialidade e desenvolvimento econômico local, tendo como foco o garimpo de esmeraldas nos municípios de Santa Terezinha de Goiás e Campos Verdes, ambos situados no estado de Goiás, mais especificamente na Mesorregião Norte, na Microrregião de Porangatu, a 300 km da capital do estado. A intensa atividade de extração de esmeraldas deu origem a uma ocupação desordenada nos dois municípios, a partir da década de 1980, época da descoberta das minas de esmeraldas, sendo esse considerado o período áureo do garimpo na região. O arcabouço teórico desta pesquisa teve como fundamento os conceitos de territorialidade e suas dinâmicas, bem como o de desenvolvimento local. Buscou-se, com isso, compreender a relação entre mobilidade espacial e territorialidade, com a descoberta das minas de esmeralda nesses municípios. Para tanto, os conceitos abordados foram examinados à luz das ciências humanas e sociais, perpassando pela Geografia, Antropologia, História e Sociologia, visto que o território consiste em uma construção social mediada por interesses humanos, voltados, sobretudo, para a energia e a informação, que, no mundo moderno, representam bens de consumo. Essa realidade aproxima território e economia, bem como territorialidade e desenvolvimento local. Assim, foi realizada uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo, e uma pesquisa de campo, com aplicação de questionários, a fim de observar como as populações dessas localidades percebem historicamente a territorialidade e o desenvolvimento - ou não - oriundo do garimpo. Com base nesses procedimentos metodológicos, verificou-se que o garimpeiro, devido ao caráter temporal das minas de exploração, o desenvolvimento desordenado das cidades e das regiões de garimpos, rompe com a lógica de fixação no território, gerando um esvaziamento das cidades e regiões quando o garimpo entra em crise. Além disso, ficou evidente, no processo histórico dos municípios de Santa Terezinha de Goiás e de Campos Verdes, que ambos seguem a lógica das cidades mineradoras no Brasil, que se configura pela vulnerabilidade de ocupação do território, com enfrentamento de problemas ambientais, sociais, econômicos e institucionais, além da estruturação de uma territorialidade mediada pela mineração, assim como processos de desterritorialidade e territorialidade, em virtude da decadência do garimpo. Esses processos levam ao questionamento da noção de desenvolvimento associada à atividade mineradora, já que esta apresenta caráter predatório e de alto risco ambiental, incompatíveis com o desenvolvimento |